[Review] - Castlevania Requiem: Symphony of the Night and Rondo of Blood

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 01/11/2018 às 14:53
Konami/Divulgação
Konami/Divulgação FOTO: Konami/Divulgação

A Konami poderia me dar poucos presentes melhores do que a coletânea Castlevania Requiem. Num pacote só, um dos meus jogos favoritos da vida (que ~religiosamente~ eu zero uma vez por ano) e outro que sempre tive curiosidade de jogar, mas até então só tive acesso a versões de pior qualidade, portada para outros consoles.

Estou falando, claro, respectivamente, de Symphony of the Night e Rondo of Blood - possivelmente os dois melhores jogos dessa franquia lá lendária. Exclusiva para PlayStation 4, a coletânia Castlevania Requiem traz os dois games com algumas melhorias - bem poucas - como ampliação para 4K/1080p e diferentes opções de renderização. Mas a verdade é que esses jogos são tão bons que para o bundle fazer sucesso, não precisa muito mesmo.

Vamos começar com jogo mais novo que, por incrível que pareça, temos menos a falar. A versão de Symphony of the Night que vem no pacote é a do relançamento de 2007, ou seja, conta com a nova tradução e a redublagem. Nada de "What is a man?", o que de cará já é uma decepção. Mas se você - como eu - já tem a versão original (relançada também com PSOne Classics para PS3 e Vita), é válido para sacar as diferenças.

Fora a dublagem, de uma forma geral é o mesmo jogo que amamos. E que jogo incrível! Não envelheceu um dia e não deve nada a nenhum sidescroller moderno. Lançado originalmente em 1997 para o primeiro Playstation, Symphony of the Night é uma continuação imediada de Rondo of Blood. Tanto que começa exatamente no final do antecessor, com a batalha entre Richter Belmont e Dracula (e o clássico diálogo já mencionado anteriormente. "Die, monster! You don'n belong in this world").

Alucard desafia a Morte em Symphony of the Night (Konami/Divulgação)

No jogo encarnamos Alucard, o filho do vampirão, que volta de Castlevania III para destruir o castelo do pai, reerguido por um mago das trevas. Além de Richter, temos também participação especial de outro personagem de  Rondo of Blood, a caçadora de vampiros Maria Renard. Como já falei antes, é um jogo obrigatório para quem se considera gamer, e não vale dizer que zerou quando chegar nos 100% hein - só paramos com 206% e o final verdadeiro.

Já Rondo of Blood era um jogo que eu só conhecia por lenda. Originalmente lançado em 1993, teve uma versão para Super Nintendo, chamada Castlevania: Dracula X, que na verdade conta com o mesmo enredo, mas é um jogo totalmente diferente. E até então essa tinha sido a única versão que eu tinha jogado. O verdadeiro Rondo of Blood, com toda sua glória, era um exclusivo do TurboGrafx-16 Entertainment SuperSystem, ou PC Engine, como é conhecido no Japão, local de lançamento original do jogo.

Nossa, que jogo. Assim como Symphony, Rondo também não deve nada a qualquer sidescroller moderno, e faza jus à fama da série Castlevania de ser um game desafiador (para dizer o mínimo). Não envelheceu tão bem quanto seu co-irmão, já que os controles não são tão responsivos - especialmente jogando com Richter. Com Maria o jogo fica bem mais fácil. Mas também sempre foi assim.

Richter Belmont em ação em Rondo of Blood (Konami/Divulgação)

Na trama, devotos das trevas trouxeram Dracula de volta dos mortos ("It was not by my hand that I'm once again given flesh. I was called here by humans who wish to pay me tribute....") e sequestra quatro "virgens" (maidens, no original) para poder reconquistar seu poder total. Caberá ao descendente do clã Belmont, Richter, o dever de parar o mal, portanto seu lendário chicote Vampire Killer. Diferente dos seus antecessores, em Rondo você não adquire novos itens e habilidades ao longo do jogo - Richter já começa com força total, e as únicas variações são os itens coletados e os poderes que cada virgem resgatada te dá.

A maior parte das novidades de Castlevania Requiem afetam Rondo of Blood. O jogo conta com duas opções de dublagem: Inglês e Japonês, novas opções gráficas que podem melhorar o visual do game ou deixá-lo mais próximo da experiência original. Além disso, como de praxe, Symphony e Rondo contam com trophys para serem conquistados nas muitas horas que você vai passar nos corredores do castelo do Drácula.

Com Maria Renard sempre é mais fácil em Rondo of Blood (Konami/Divulgação)

Castlevania Requiem: Symphony of the Night e Rondo of Blood está disponível pelo preço de R$ 61,50 exclusivamente na PlayStation Store.