Aumento de casos de ciberataques leva empresas a buscarem proteção securitária

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 29/10/2018 às 14:32
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No último dia 28, a maior rede social que existe, o Facebook, sofreu um ataque cibernético de grandes proporções, com cerca de 50 milhões de usuários tendo suas informações expostas. O acontecimento ligou o sinal de alerta dentro das empresas brasileiras.

“Todas as companhias que têm informações de terceiros em seu sistema, como corretoras e bancos, por exemplo, já estão procurando uma forma mais contundente de protegê-los”, comenta Leandro Freitas, superintendente de riscos financeiros da MDS Brasil.

“Acreditamos que a lei sancionada (a General Data Protection Regulation, de maio desse ano) vai aumentar a atenção a esse tipo de risco e o Cyber Risks será, num futuro muito próximo, uma solução cada vez mais solicitada por grandes corporações preocupadas em guardar dados de seus clientes e fornecedores”, completa.

Apesar de ter partido do bloco europeu, o movimento já se reflete em terras brasileiras: no mês de agosto, o presidente Michel Temer aprovou o projeto de lei sobre a coleta e tratamento de dados pessoais no Brasil.

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A regulamentação, que entra em vigor no início de 2020, já funciona como uma espécie de sinal para que as empresas brasileiras procurem formas de se prevenir de ataques cibernéticos.

“As empresas terão que se adequar, inclusive as seguradoras. Para evitar invasões em seus sistemas e usos irregulares dos dados, as companhias precisam estudar as ameaças já constatadas no mercado até o momento e se basear nelas para elaborar planos de gerenciamento bem estruturados”, explica Thiago Tristão, diretor de riscos empresariais da MDS Brasil.