Empresas como a Apple, Google e IBM contratam sem diploma universitário

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 23/08/2018 às 11:27
Divulgação: Google FOTO:

Um levantamento feito com algumas empresas dos Estados Unidos mostrou que a formação acadêmica não é o requisito principal para contratação, entre elas estão a Apple, Google e IBM.

A maioria das grandes empresas de tecnologia contratam pessoas extremamente qualificadas e graduadas nas melhores instituições de ensino do mundo, mas companhias com Apple, Google e IBM buscam priorizar algumas experiências específicas, não sendo obrigatório o diploma universitário.

O estudo foi feito pelo site de busca por empregos, o Glassdoor, que listou 15 grandes companhias norte-americanas - entre elas as três já citadas - que divulgaram vagas para cargos avançados, onde não é necessário a formação em universidades.

Divulgação: Apple

No caso da Apple, a experiência do candidato é bem valorizado, independente se foi em universidades ou outras empresas.

Isto não significa que as companhias estão abrindo mão da qualificação, o levantamento concluiu que, se o candidato possuir um conjunto de habilidades solicitadas, poderá ser contratado mesmo sem o diploma universitário.

 A Joanna Daly, vice-presidente de talentos da IBM, contou à CNBC  que a companhia leva em conta habilidades desenvolvidas em bootcamps, outros empregos ou mesmo por esforço próprio. Cerca de 15% dos funcionários da IBM nos Estados Unidos não têm formação superior.

Divulgação: IBM

Já o Google, em seus primeiros anos, fazia questão de contratar funcionários que tivessem estudado só nas melhores universidades e com notas altas. Essa cultura era praticada porque Sergey Brin e Larry Page praticamente criaram o Google quando faziam doutorado na Universidade de Stanford, acreditando que a companhia deveria lembrar uma universidade, inclusive nos espaços físicos.

Para o Google e toda a Alphabet, a formação acadêmica continua sendo importante, mas não é mais o principal requisito.

Laszlo Bock, o vice-presidente de recursos humanos, explica que o Google prioriza a capacidade cognitiva geral do candidato, não o seu quociente de inteligência.

“É a capacidade de aprender. É a capacidade de processar na hora. É a capacidade de reunir diferentes tipos de informações”, completou Bock.

A prática de não considerar apenas os diplomas universitários tem crescido nas empresas norte-americanas, mas ainda parece ser prioridade nas gigantes empresas de tecnologia. Isso tem causado algumas dificuldades para preencher as vagas.

Diante deste cenário outras companhias estão percebendo que o bom desemprenho profissional não está diretamente ligado a um currículo acadêmico impecável.

Leia Mais

Google é processado por localizar usuários sem autorização

Ambev inaugura centro de inovação no Rio