Por Fábio de Castro / Estadão Conteúdo
O documento, produzido por mais de 450 cientistas de 60 países, apresenta os dados detalhados sobre os principais indicadores climáticos de 2017, incluindo emissões de gases de efeito estufa, temperatura, precipitação, nível dos oceanos, alterações na extensão das geleiras e ocorrência de ciclones tropicais.
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De acordo com o relatório, a média de concentração de dióxido de carbono na superfície da Terra em 2017 foi de 405 partes por milhão (ppm) - um valor 2 ppm maior que o de 2016 e o mais alto já medido até hoje.
Em relação ao aquecimento global, o relatório mostra que vários países - incluindo Argentina, Uruguai, Espanha e Bulgária, registraram recordes históricos de temperaturas anuais. O México quebrou esses recordes pelo quarto ano consecutivo.
As temperaturas globais na superfície dos continentes e dos oceanos, em 2017, ficaram 0,38 ou 0,48 grau Celsius - dependendo do conjunto de dados utilizado - acima da média registrada entre 1981 e 2010. Com isso, 2017 foi o segundo ou terceiro ano mais quente desde que os registros tiveram início, na segunda metade do século 19.
Segundo o relatório, todos os quatro anos mais quentes já registrados ocorreram a partir de 2014. O ano mais quente da história foi 2016, seguido de 2015. Considerando apenas os anos sem El Niño, 2017 foi ano mais quente já registrado.
A temperatura média anual na baixa troposfera - a parte da atmosfera abaixo de 10 quilômetros de altitude - em 2017 foi 0,38 ou 0,58 grau Celsius acima da média registrada entre 1981 e 2010, dependendo do conjunto de dados analisado. Esse número representa uma queda de mais de 0,1 grau Celsius em comparação à temperatura recorde registrada em 2016.