[Rosa de Versalhes] - Mangá clássico de Riyoko Ikeda será lançado pela JBC

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 09/03/2018 às 15:28
Berusaiyu no Bara
Berusaiyu no Bara FOTO: Berusaiyu no Bara

Uma obra clássica da mangaká Riyoko Ikeda e um marco na história dos shojo, Rosa de Versalhes foi produzida entre 1972 e 1973 - também virou anime entre 1979 e 1980 - e ainda era inédita no Brasil.

ERA

A Editora JBC anunciou que lançará no Brasil o mangá que foi sucesso mundial, com mais de 15 milhões de cópias vendidas?. "Com temas que trazem à tona questões sobre gênero, senso de justiça, direitos humanos e momentos históricos reais, Ikeda revolucionou a forma de se fazer mangá para o público feminino abrindo caminho e influenciando uma nova geração de mangakás dos mais diversos segmentos", explica a nota da editora.

REVOLUCIONÁRIO E FEMINISTA

Rosa de Versalhes é baseado em fatos históricos reais, próximos à Revolução Francesa ocorrida no século XVIII, tem duas protagonistas, uma real e outra criada pela autora. A primeira é Maria Antonieta, austríaca, esposa do Rei Luís XVI, que abre mão de sua liberdade, cultura e seu nome, para encarar a dura etiqueta francesa e a adaptação em um país estranho

A outra, a protagonista, é Oscar François de Jarjayes, uma menina que foi criada como homem pelo seu pai, o renomado General Jarjayes. Acontece que "Lady Oscar" é a sexta filha do general, que se vê aflito por não  conseguir ter um filho para manter o nome e o prestígio da família. Criada como homem, a heroína se destaca no colégio militar, alcançando o título de capitã da Guarda Real, responsável por zelar pela proteção da Rainha Maria Antonieta.

Outro protagonista é André Grandier, também militar e melhor amigo de Oscar, por quem também nutre uma paixão secreta.

A autora Riyoko Ikeda costuma produzir seus trabalhos em cenários com entornos históricos como a Revolução Francesa e a Russa, tendo o título Rosa de Versalhes como grande sucesso de sua carreira. Em 2008, Ikeda recebeu a Ordre National de la Légion d'honneur, na França, uma honraria por sua contribuição de conhecimento da história francesa no Japão.

Para Ikeda, a história de Rosa de Versalhes relatada mudou a percepção do gênero shojo, "que não era bem visto, até então, pela editora que publicou o mangá. No fim, Rosa de Versalhes teve grande prestígio não só no Japão, como no mundo todo, e acabou abrindo espaço no mercado para outras obras do gênero", explica a JBC.