O serviço de streaming de música líder do mercado, Spotify, anunciou uma muito aguardada oferta pública inicial, almejando levantar 1 bilhão de dólares ao entrar na Bolsa de Nova York.
No pedido, a empresa sueca mostrou confiança de que o serviço de streaming vai continuar a crescer, mas também reconheceu que o Spotify ainda está no vermelho. Sua exposição na Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC) deu mais detalhes sobre as finanças da empresa de uma década de vida. Ela tem 159 milhões de usuários mensais, 71 milhões deles assinantes - o dobro da concorrente mais próxima, a Apple Music.
A Spotify disse que a receita saltou mais de 38% em 2017 em relação a um ano antes, a 4,99 bilhões de dólares. Mas seu prejuízo líquido cresceu a 1,51 bilhão de dólares. "Nós incorremos em prejuízos operacionais significativos no passado e podemos não ter a capacidade de gerar receita suficiente para sermos rentáveis, ou gerar um fluxo de caixa positivo em uma base sustentável", disse a empresa na nota em que listou os fatores de risco.
Leia mais
Vendas de músicas nos EUA voltam a aumentar graças ao streaming
Sob comando de Daniel Ek, de 35 anos, o serviço de streaming liderou uma mudança de paradigma na indústria musical global, que registrou crescimento sólido nos últimos dois anos pela primeira vez desde a popularização da internet. Na exposição à SEC, a Spotify se vangloria de ter encontrado uma forma de monetizar a música digital após anos de pirataria e conteúdo gratuito online.
"Nós buscamos reinventar a indústria da música e proporcionar uma maneira melhor tanto para os artistas quanto para os consumidores se beneficiarem com a transformação digital da indústria da música", afirmou. "A Spotify foi fundada sob crença de que a música é universal e que o streaming é um modelo de acesso mais robusto e transparente, que beneficia os artistas e os fãs de música".
