Rob Lever (AFP)
Google e Facebook adotaram medidas para cortar a receita de publicidade de sites com informações falsas, após uma onda de críticas sobre o suposto papel que as notícias equivocadas tiveram na eleição de Donald Trump.
A iniciativa dos dois grupos, que controlam o essencial dos fluxos de publicidade na internet, pretende abalar economicamente uma indústria que se alimenta com frequência de informações sensacionalistas e muitas vezes falsas.
"Vamos começar a proibir a publicidade do Google em conteúdos enganosos, da mesma maneira como já proibimos a publicidade mentirosa", afirma o Google em um comunicado enviado à AFP.
"No futuro, vamos restringir a veiculação de anúncios em páginas que deturpam, distorcem ou escondem informações sobre seus editores, conteúdos ou o objetivo básico do proprietário do site", completa a nota.
Em uma entrevista à BBC, o presidente do Google, Sundar Pichai, reconheceu que "vários incidentes" já haviam sido registrados com sites denunciados por difundir informações falsas e que a empresa não havia tomado as decisões corretas. "Então este é um momento de aprendizado para nós e vamos, definitivamente, trabalhar para consertar", disse.
O Facebook implementará a mesma política. "Nós não integramos nem exibimos publicidade em aplicativos ou sites de conteúdo ilegal, enganoso ou mentiroso", afirmou a empresa em um comunicado.