Campus Party Recife 2016 começa neste sábado

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 19/08/2016 às 17:34
Foto: Evilyn Guedes/Campus Party
Foto: Evilyn Guedes/Campus Party FOTO: Foto: Evilyn Guedes/Campus Party

Demorou, quase não teve, mas chegou. Neste próximos sábado (20) e domingo (21) - também notoriamente conhecidos como "amanhã e depois" - o Classic Hall voltará a ser a casa da Campus Party Recife, que embora esteja sendo realizado pelo quinto ano na capital pernambucana, terá em 2016 um formato diferente – 24 horas de conteúdo ininterrupto durante o fim de semana. Os portões se abrirão ao meio-dia, quando os mais de 3 mil campuseiros desta edição poderão ocupar a arena.

Estaremos (nós, MundoBit) cobrindo o evento direto de lá do Classic Hall. Vocês poderão acompanhar as matérias aqui no blog e nossas postagens nas redes sociais do MB (@blogmundobit no Twitter e @mundobit no Instagram) e do NE10 (@portalne10 no Twitter e @portalne10 no Instagram).

Os veteranos notarão de cara algumas diferenças nesta Campus Weekend, como a organização está classificando o evento. Saem as barracas e as bancadas com conexão de internet ultrarrápida. Entram conexão wi-fi de 2 Gb e foco maior no engajamento dos participantes. “A ideia é ter um evento diferente e conseguir fazer algo dentro das possibilidades atuais do mercado”, explica Tonico Novaes, diretor-geral da Campus Party.

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Montar o evento este ano foi particularmente complicado para a organização. Geralmente, a edição Recife é anunciada logo no fim da Campus Brasil, em janeiro, ou até o mês de março. Desta vez, a confirmação só veio em junho, o que deixou os organizadores somente com dois meses para montar toda programação.

“Foi um desafio. O momento delicado da economia realmente foi um dificultador, mas o principal era não deixar esse ‘buraco’ no nosso calendário. Recife é muito importante para nós e realizamos esse evento com um carinho especial. Não deu para trazer tudo que gostaríamos, mas por outro lado fomos muito criteriosos na escolha do que apresentar”, afirma Tonico.

De fato, a Campus Weekend abre com uma atração de peso: a primeira palestra, logo após a abertura, será do ator e apresentador Paul Zaloom. Para quem ainda não ligou o nome a pessoa, ele é intérprete do Professor Beakman, do clássico seriado dos anos 90, O Mundo de Beakman.

Com seu cabelo arrepiado e jaleco verde, ao lado do rato de laboratório Lester (Mark Ritts) e de assistentes (dependendo da temporada) Rosie (Alana Ubach), Liza (Eliza Schneider) e Phoebe (Senta Moses), realizava experimentos simples para apresentar para os jovens conceitos de física, química, astronomia e outros assuntos.

Paul Zaloom, o Beakman. Foto: Foto: Evilyn Guedes/Campus Party Paul Zaloom, o Beakman. Foto: Foto: Evilyn Guedes/Campus Party

“O Beakman que já era uma atração esperada em edições passadas. Uma vez ele ficou de vir e acabou cancelando, mas agora a gente conseguiu. Outra grande atração é a volta do publicitário Dado Schneider, que não só vai apresentar uma nova palestra, diferente da do ano passado, mas também vai inaugurar no Recife uma apresentação diferente, que ele nunca fez em lugar nenhum”, conta Tonico.

A primeira palestra tem início às 0h e tem como título “Virada com Dado: Se a Crise Nos Muda, a Palestra Muda. (3.0)”. Depois, às 5h, começa “Dado Go! Temos que pegar (pra não sermos pegos)”. Schneider é conhecido, principalmente, por ter criado a palestra muda, onde utiliza uma linguagem revolucionária para atrair a atenção de quem o assiste.

Dado Schneider. Foto: Willian Alves/Campus Party Dado Schneider. Foto: Willian Alves/Campus Party

MAIS INTERAÇÃO - Como as bancadas da Campus não terão internet com fio, o diretor-geral espera que as pessoas aproveitem o evento para investir no networking. “Teremos conexão nas mesas só para quem vai participar dos hackatons, para que possam programar com estabilidade. Assim, eu espero que as pessoas estejam mais conectadas entre elas. Acho que a gente vem perdendo isso - não na Campus, mas de uma maneira geral. As pessoas estão muito presas dentro do seu mundo, seja o smartphone ou computador, e perdendo oportunidades de criarem novos grupos de trabalho, de estudo, uma nova empresa... E a Campus é muito rica e propícia para isso”, avalia.

Para fomentar esse espírito empreendedor (que é uma característica do evento no Recife), a organização decidiu manter o palco voltado para esse tema do lado de fora da feira, no espaço gratuito. “Queremos o máximo de pessoas possível lá. Além do palco, teremos também a área do Startup & Makers, de inclusão digital e de robótica. Assim como dentro do Classic Hall, lá fora a programação também tem 24 horas”, completa. São esperadas mais de 10 mil pessoas no Open Campus esse ano.

Ao todo, no evento, serão quatro palcos, dois espaços para workshops, um espaço para desafios (com programações, discussões e mentorias), além de uma sala de educação digital para atender as crianças da rede pública de ensino. Apesar de estarem perto do fim, os ingressos ainda estarão disponíveis na bilheteria do Classic Hall ao preço de R$65.