Serviço de streaming de música supera o de vídeo nos EUA

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 06/07/2016 às 12:41
O recurso foi disponibilizado nessa terça-feira (30)
O recurso foi disponibilizado nessa terça-feira (30) FOTO: O recurso foi disponibilizado nessa terça-feira (30)

da AFP

Os americanos consumiram mais música em streaming do que vídeos na Internet durante o primeiro semestre deste ano, uma notícia comemorada pela indústria - revela um estudo publicado nesta semana.

O serviço de streaming de músicas, ou seja, ouvir músicas na Internet sem baixá-las, ganhou espaço rapidamente, oferecendo uma nova entrada para um setor em crise há muitos anos e que se esforça para desviar os internautas dos sites de vídeos como o YouTube (propriedade da Google) para as plataformas de música.

A empresa especializada BuzzAngle Music registrou 114 bilhões de músicas ouvidas em plataformas como Spotify, Apple Music, Tidal e Rhapsody, de acordo com um relatório semestral que se refere apenas aos Estados Unidos. Esse número é bastante superior aos 95 bilhões de pessoas que assistiram a vídeos em streaming no YouTube (mais de 1 bilhão de usuários em todo o mundo), Dailymotion e seus concorrentes.

É a primeira vez, destaca o relatório, que a música fica à frente do vídeo.

O consumo de música em streaming aumentou nos primeiros seis meses do ano, multiplicando por mais do que o dobro o nível alcançado no ano passado nesse mesmo período. Já nos vídeos em streaming esse aumento foi de apenas 23%. No total, o streaming cresceu 58% nos Estados Unidos, o maior mercado de música do mundo.

A plataforma sueca Spotify, número um para ouvir músicas on-line, disse contar com 89 milhões de usuários ativos em todo o mundo no final de 2015. Desses, 28 milhões são inscritos no modelo pago. O streaming transformou a indústria da música que, em 2015, viveu o primeiro aumento substancial de seu volume de negócios desde o surgimento da Internet.

Os artistas criticam o baixo retorno neste tipo de plataforma, em particular do Spotify, mas os profissionais da indústria assinalam que, nos sites de vídeos, é menor ainda.