Em crescimento por cinco anos, mercado brasileiro de smartphones caiu 13,4%

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 14/03/2016 às 15:55
Foto: AFP.
Foto: AFP. FOTO: Foto: AFP.

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Não é só o mercado brasileiro de computadores desktop e notebooks que está passando por dificuldades. Os smartphones também sofreram uma queda nas vendas em 2015, na ordem de 13,4%, segundo o IDC.

"Foi um ano muito difícil para a economia e até o mercado de smartphones, que apresentava taxas de crescimento positivas nos anos anteriores, acabou impactado, principalmente por conta da alta do dólar. Mesmo com alguns fabricantes nacionais apostando no mercado de celulares, os insumos são importados e, ao longo do ano, foi necessário fazer de três a quatro repasses nos preços dos aparelhos", conta Leonardo Munin, analista de pesquisa da IDC Brasil.

Foram cinco anos de altas consecutivas. Até que no ano passado foram vendidos pouco mais de 47 milhões de smartphones, 7,5 milhões a menos do que em 2014. É uma queda de 13,4%, em comparação com os 54,5 milhões de aparelhos vendidos anteriormente. A IDC prevê uma retração de cerca de 13% do mercado de smartphones, com a venda aproximada de 41 milhões de aparelhos em 2016.

Por causa do preço mais caro, o ciclo de vida dos celulares, que era de um ano e meio, passou para cerca de dois anos. “Notamos que o consumidor está ficando mais tempo com um aparelho e preferindo, inclusive, fazer pequenos reparos. Isso acaba refletindo na venda de aparelhos novos”.

Já os celulares mais simples, que não são smart, encerraram o ano em queda de 74%, com 4,2 milhões de unidades comercializadas.

Em 2014, as vendas de smartphones no Brasil representaram 42% da fatia total na América Latina. Em 2015, houve uma queda de 8%, com o país representando 34% das vendas totais de aparelhos na região. Mundialmente, a comercialização dos celulares no Brasil representava 4,4% do total no ano de 2014 e, em 2015, passou para 3,4%. Mesmo assim, o Brasil ainda é o quarto maior consumidor em unidades, perdendo apenas para China, Estados Unidos e Índia.