Celulares roubados ou perdidos poderão ser bloqueados pelo número da linha

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 08/03/2016 às 12:10
Reprodução/marketingland.com.
Reprodução/marketingland.com. FOTO: Reprodução/marketingland.com.

Foto: AFP. Foto: AFP.

Não precisa mais decorar o anotar o IMEI do seu celular. O número de identificação que todo aparelho possui (uma espécie de número de série universal dos smartphones) era a principal informação a ser fornecida às operadoras na hora de tentar bloquear uma linha por perda ou roubo, mas a Anatel decidiu facilitar a vida dos usuários.

A partir de hoje, usuários de todo País poderão bloquear aparelhos perdidos, extraviados ou roubados informando à prestadora somente o número da linha. Além disso, as vítimas poderão dar início ao processo de bloqueio do aparelho já na delegacia de polícia, no momento do registro da ocorrência.

Atualmente, só as delegacias dos estados da Bahia, Ceará e Espírito Santo têm acesso ao sistema que permite o bloqueio. Entretanto, em breve - segundo a Anatel - a funcionalidade também estará disponível também para a Polícia Federal e para as polícias civis de Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.

A medida também valerá para lojistas e transportadores, que poderão dar início junto à polícia no processo de bloqueio  para celulares novos furtados ou roubados. "O objetivo é eliminar a utilidade dos celulares furtados e roubados, o que certamente contribuirá para inibir crimes contra pessoas, estabelecimentos comerciais e veículos de transporte de carga", disse o presidente da Anatel, João Rezende, durante a entrevista coletiva sobre as inovações realizada na manhã de hoje.

CHIP - Mas e se o ladrão tirar o cartão SIM? Dá no mesmo, como explica o superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, José Alexandre Bicalho. "O bloqueio de celulares perdidos, furtados e roubados é possível por meio do Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (CEMI), sistema coordenado pela Anatel e administrado pelas prestadoras de serviços móveis".

Desde 2014, o CEMI foi integrado à base mundial de celulares administrada pela GSM Association (GSMA). "Essa integração permite a troca de informações entre todos os países conectados à GSMA e evita que terminais roubados, perdidos e extraviados em outros países sejam ativados no Brasil e vice versa", afirma Bicalho.

Já são 6,5 milhões de celulares registrados na base de dados do CEMI e que não podem ser mais utilizados. O sistema também permite que as pessoas consultem, pela internet, se um celular está bloqueado por roubo ou furto. Para realizar a consulta no site, é necessário que o usuário digite o IMEI do equipamento, que pode ser obtido na caixa do produto, na nota fiscal, ou diretamente no próprio celular - discando *#06#.  Essa consulta é recomendável antes da compra de celulares, especialmente no caso de equipamentos de "segunda mão".