[BitCast] Pokémon - 20 anos

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 26/02/2016 às 11:44
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Prepare-se para encrenca! Encrenca em dobro! Esse é o terceiro episódio do BitCast, nosso podcast semanal do MundoBit. Aproveitando o aniversário de 20 anos do lançamento dos primeiros jogos, vamos celebrar a franquia Pokémon!

Comigo nesse papo (e por "migo", me refiro a mim mesmo, Renato Mota, editor desse humilde blog) estão Ashlley Melo fotógrafa do JC Imagem, Eric Fragoso, nosso amigo do Canal Dois pra Cima, e o participante tardio Romeu Coutinho, coordenador de redes sociais do SJCC.

Temos que ouvir! Temos que ouvir!

Celebrando 20 anos neste fim de semana, a franquia Pokémon está lançando um novo jogo. Ou melhor, como é de costume da marca, dois novos jogos: Pokémon Sun e Pokémon Moon, que se unirão ainda este ano à lendária série que já vendeu mais de 275 milhões de games desde o lançamento de Pokémon Red e Pokémon Green, em 1996.

E se você acha que “Pokémon” é esse bichinho amarelo da foto ao lado, só um desenho que passava no programa da Eliana, na Record, em 1999, ou o brinquedo com card que os seus filhos insistem para ganhar, você está por fora de um verdadeiro império nipônico. A Pokémon Company, empresa criada para gerenciar a marca ao redor do mundo, já faturou nesses 20 anos mais de ¥ 4,6 trilhões, o equivalente a US$ 57,65 bilhões.

A lista de empreendimentos é longa: São 42 jogos eletrônicos, inicialmente exclusivo para as plataformas Nintendo (dona da marca, ao lado das empresas Game Freak e Creatures) – mas que já estão saindo também para smartphones. Uma série de anime (desenhos animados japoneses) que já passa dos 800 episódios e continua no ar. Uma linha de jogos de cartas que já venderam mais de 21,5 bilhões de unidades e 17 longa-metragens para o cinema que já renderam mais de US$ 628 milhões (custando um décimo disso), sem falar nos brinquedos, lancheiras, mochilas, roupas, acessórios e tudo mais que possa levar a cara de um dos mais de 700 pokémons criados.

Tudo isso começou com uma pessoa, o game designer Satoshi Tajiri. Como muitos garotos japoneses, ele colecionava besouros na infância, e imaginou um jogo onde seria possível capturar monstrinhos e treiná-los para competir em torneios. Desde sempre a franquia foi pensada para o portátil Game Boy, na qual o jogador poderia trocar criaturas com seus amigos (na época através de um cabo link) ou enfrentá-los em duelos. A equipe de Satoshi desenvolveu o jogo e criou os 150 pokémons iniciais. O próprio nome é uma junção das palavras “pocket” e “monster”, ou monstros de bolso, em inglês.

Com o sucesso do jogo (Red e Green venderam mais de 31 milhões de cópias) o desenho animado veio um ano depois, em 1997, com a mesma proposta dos jogos, mas com um protagonista, Ash, e seu pokémon de estimação, Pikachu. Aí foi explosão, inclusive no Brasil, onde o desenho chegou em 1999, para o já citado programa infantil apresentado pela Eliana, na Record. Quando ia ao ar, o desenho desbancava Jackeline Petkovic e seu Bom Dia & Cia, no SBT, e jogava para terceira a Angélica, com seu Angel Mix, na Globo.

A disputa foi de tal forma que a emissora comprou os direitos de um rival japonês, o desenho Digimon, e posteriormente quatro temporadas do próprio Pokémon.

No País, além dos jogos, cards, desenhos e filmes, ainda foram lançados entre os anos 1990 e 2000 uma coleção de tazos dos Pokémons, pela Elma Chips, álbuns de figurinhas da Panini, brindes do McLanche Feliz e uma coleção de miniaturas que vinham nas garrafas do Guaraná Antártica. E essa febre está longe de passar.