Frank Miller: um senhor que atravessa gerações de nerds

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 04/12/2015 às 20:24
Quadrinista norte-americano participou de painel nesta sexta-feira na CCXP. Foto: Thiago Wagner
Quadrinista norte-americano participou de painel nesta sexta-feira na CCXP. Foto: Thiago Wagner FOTO: Quadrinista norte-americano participou de painel nesta sexta-feira na CCXP. Foto: Thiago Wagner

Quadrinista norte-americano participou de painel nesta sexta-feira na CCXP. Foto: Thiago Wagner Quadrinista norte-americano participou de painel nesta sexta-feira na CCXP. Foto: Thiago Wagner

Por Thiago Wagner

Especial para o Mundobit

São Paulo - É muito provável que o nerd mais jovem, com uns 20 anos, por exemplo, nunca tenha ouvido falar em Frank Miller. Um desconhecimento justo dentro da lógica do mercado de cultura pop no momento, em que filmes e seriados têm muita importância. Isso, porém, não impede que o legado do quadrinista norte-americano chegue aos mais novos. Vale lembrar que muitos dos filmes e seriados de sucesso recentemente bebem na obra de Miller. Vide Demolidor, 300, Sin City e Batman vs. Superman.

Se o "velho" Frank consegue ser importante de alguma maneira para os jovens, então imagina o que ele simboliza para os nerds mais antigos, aqueles que só tinham contato com a cultura pop através dos quadrinhos e da televisão? É um respeito digno de pop star de Hollywood ou de uma banda pop, por mais que Miller não curta muito esse tipo de comparação. Logo, é reconhecível que o fã chore ao ter contato com um homem tão importante para os quadrinhos no âmbito geral.

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A admiração é tanta, que Frank Miller nem precisa falar muito ou soltar algo super bombástico - ele até o fez ao anunciar a sequência de Sin City - que será chamada de Sin City 1945. Ao quadrinista, basta apenas um aceno, umas palavras sobre suas obras ou até mesmo um autógrafo no primeiro quadrinho de um nerd. Miller já está no patamar que somente a presença vale o ingresso em qualquer evento, que no caso foi a Comic Con Experience, em São Paulo.

Mas Miller não veio ao Brasil para falar bobagens ou "sambar" em cima da sua idolatria. Veio porque respeita a cultura pop e ainda é respeitado por ela. Tanto que talvez tenha tocado alguns mais jovens em pouco menos de uma hora de painel. É provável que muitos ainda não se aprofundem nas obras de Frank, mas o quadrinista deixou a sua semente para o futuro. O legado dele vai continuar atravessando gerações.

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