TV paga mostra crescimento fraco e deve "mudar muito", acredita Anatel

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 28/10/2015 às 14:48
Foto: Reprodução/HomeTheater/UOL.
Foto: Reprodução/HomeTheater/UOL. FOTO: Foto: Reprodução/HomeTheater/UOL.

Foto: Reprodução/HomeTheater/UOL. Foto: Reprodução/HomeTheater/UOL.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou nesta quarta (28) que os serviços de televisão por assinatura tem mostrando um crescimento mais fraco que o "necessário" por conta da deterioração do poder de compra dos brasileiros e de mudanças de tendências de consumo. "De um ano para cá, a TV por assinatura está engasgando um pouco", disse, durante apresentação no congresso da Futurecom.

Rezende explicou que a renda de muitos brasileiros tem se enfraquecido, ao mesmo tempo em que outros consumidores têm buscado vídeos sob demanda em vez da TV por assinatura.

Segundo ele, a abertura do setor demorou um pouco para acontecer e agora há um "crescimento mais fraco que o necessário". "A TV por assinatura vai sofrer mudanças daqui para frente", acrescentou. Entre outros segmentos de telecomunicações, o dirigente ressaltou que há uma demanda enfraquecida por telefonia fixa e que a população quer hoje banda larga. O usuário deseja banda larga e, muitas vezes, o serviço de voz é vendido junto com esse serviço, explicou. "O processo de mudança desses perfis é muito grande", disse.

João Rezende afirmou também que é preciso buscar novas receitas e que o Brasil está em atraso, por exemplo, em aplicativos. Entre os serviços que devem ganhar espaço, o dirigente citou as tecnologias M2M ou máquina a máquina, como os dispositivos de cobrança automática de pedágios.

"Poderemos ter uma mudança radical nos próximos 10 anos", disse ao ressaltar que já houve uma redução de tributos no segmento. Em entrevista a jornalistas após o painel na Futurecom, Rezende reiterou sua posição a respeito da batalha entre teles e aplicativos: "Não podemos brecar a inovação e temos um imenso caminho para rentabilizar negócios no M2M", comentou. [Da Agência Estado]