Hackers maratonistas da Campus Party Recife criaram de apps a dispositivos

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 25/07/2015 às 20:54

Foto: Divulgação. Foto: Divulgação.

Por Júlio Cirne

Do NE10

No terceiro dia da Campus Party Recife 2015, boa parte dos campuseiros que participam das maratonas hackers, os hackathons, finalizaram e apresentaram os seus projetos. A Campus Party Recife começou na quinta (23) e termina neste domingo (26), no Centro de Convenções, em Olinda.

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Os hackathons são maratonas em que programadores iniciantes e profissionais recebem um desafio para desenvolver um aplicativo ou um dispositivo com uma temática pré-definida. Dentre os vários hackathons que aconteceram na Campus Party Recife 2015, dois se destacaram pelo número de participantes inscritos, a Hacker Cidadão, promovida pela Prefeitura do Recife (PCR) e pela Vivo.

O "Desafio Hacker Cidadão 2.0" propôs aos participantes o desenvolvimento de app para smartphones que apresentassem soluções ou auxiliassem em alguns problemas da cidade. Entre os temas propostos estavam soluções para o meio ambiente, mobilidade e acesso à informação.

Foto: Julio Cirne/Ne10. Foto: Julio Cirne/Ne10.

O analista Willian Menezes, de 29 anos, juntou-se com outros dois amigos e desenvolveu, em um dia e meio, um app para Android com a temática do "Diário Oficial". Entre os serviços disponibilizados pela ferramenta estão a divulgação de informações públicas e de interesse do cidadão.

O mesmo tema foi escolhido pelos estudantes Cristóvam Araújo. 23 anos, e Angélica Lopes, de 22 anos. O app desenvolvido pelas dois oferece notificações a respeito de licitações e concursos públicos, por exemplo. Os dois são estudantes do curso de Ciência da Computação, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Mais de 50 grupos participaram do hackathon da PCR.

Saindo dos apps para celular, o desafio proposto pelo hackathon da Vivo pediu que os participantes desenvolvesses dispositivos ligados à temática das "cidades inteligentes", com soluções práticas para problemas do dia a dia da metrópole e da casa.

Professor da área de Tecnologia da Informação em Natal, Rio Grande do Norte, Albano Rocha, de 25 anos, desenvolveu uma "caixa inteligente", com cinco sensores que captam mudanças no ambiente de uma casa e oferece soluções sem que o morador use qualquer equipamento.

O kit para criar novos dispositivos. (Foto: Julio Cirne/Divulgação). O kit para criar novos dispositivos. (Foto: Julio Cirne/Divulgação).

"Um dos sensores pode captar que o ambiente está marcando 30 graus e automaticamente liga o aparelho de ar condicionado", explicou o jovem. O hackathon da Vivo contou com 15 grupos participantes. Os usuários receberam um kit baseado em Arduíno com cinco sensores. Os vários desafios realizados na Campus Party Recife 2015 ofereciam premiações que variavam desde valores em dinheiro até ganhar os dispositivos oferecidos para os testes.