Caso Vaniela: postagens nas redes sociais podem gerar processo

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 03/06/2015 às 11:19

(Foto: Reprodução/Facebook) (Foto: Reprodução/Facebook)

O desaparecimento da estudante de direito Vaniela Oliveira Gomes, de 26 anos, passou a ser tema de várias conversas e postagens nas redes sociais nos últimos dias devido ao desconhecimento sobre o paradeiro da jovem nos três dias nos quais a polícia e familiares procuravam por ela. Nesta quarta, em coletiva no Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada responsável pelo caso, Gleide Ângelo, informou que os usuários que fizeram brincadeiras ou postagens sobre o caso poderão responder a processo.

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De acordo com Gleide Ângelo, as pessoas poderão responder criminalmente por calúnia caso tenham dito que a universitária infringiu a lei de algum modo que ela não fez. Também podem responder por crime de difamação se o comentário ferir a honra da jovem. "Do mesmo jeito que Vaniela cometeu um crime ao utilizar o documento de outra pessoa, essas pessoas também vão responder", afirmou. Ainda segundo a delegada, a investigação dessas postagens ficará por conta da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos.

As redes sociais estão recheadas de postagens - a grande maioria de mau gosto - sobre Vaniela. No Facebook, por exemplo, foi criada uma página "Onde estava Vaniela?", em que os usuários discutiam onde estava a jovem. Além disso, também foi criado um grupo "Mistério do suposto desaparecimento de Vaniela". Em ambas os espaços, os usuários fizeram comentários ofensivos sobre a menina. O Whatsapp foi outro espaço no qual usuários compartilharam memes e falaram sobre a situação.

A delegada informou que os amigos de Vaniela já estão mobilizados, salvando as páginas e postagens encontradas na internet sobre a jovem. Se condenada, a pessoa que cometeu crime de calúnia pode pegar de seis a dois anos de prisão, além de pagar multa. Já com o crime de difamação, se condenada a pessoa pode pegar de três meses a um ano de detenção e multa.

(Foto: Reprodução/Facebook) (Foto: Divulgação/Facebook)

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