A cientista-chefe da Nasa, Ellen Stofan, fez uma revelação de grande impacto na comunidade científica. Segundo ela, iremos encontrar evidências de vida extraterrestre até 2025.
Sua revelação é fruto de estudos de diversos programas da Nasa e estudos realizados nos últimos anos. "Iremos obter fortes indícios de vida fora da Terra dentro da próxima década, e acredito que teremos a evidência definitiva nos próximos 20 a 30 anos", disse Stofan em uma conferência sobre mundos habitáveis.
Segundo ela, a Nasa já sabe onde procurar essas formas de vida alienígenas e, na maioria dos casos, já há tecnologia disponível para fazer a descoberta. Os cientistas estão na fase de implantação dessas ferramentas.
Já o astronauta John Grusnfeld, administrador do programa de ciências da Nasa, disse que algumas dessas evidências de vida estarão em nosso próprio sistema solar. "Estamos a apenas uma geração de encontrar sinais de vida em nosso sistema solar, seja em uma lua ou em Marte", disse.
Uma das possíveis luas com capacidade de abrigar vida é Ganimedes, o maior satélite Júpiter, que possui água em estado líquido. Já Enceladus, de Saturno, possui um oceano de água salgada.
Já Marte tem água congelada enterrada e possui metano, nitrogênio fixado e carbono, elementos associado à vida. Cientistas acreditam que o planeta já possui um gigantesco oceano, que sumiu em determinado momento da história geológica do Planeta Vermelho.
A Nasa também divulgou um infográfico com o resumo dos estudos de possibilidades de vida em nosso Sistema Solar. [Via Nasa/JPL]
CERES
Cientistas acreditam que este planeta-anão possui 25% de sua massa composto por água em estado líquido. O potencial biológico é tido como "desconhecido".
EUROPA
A lua de Júpiter tem um oceano salgado ativo e dinâmico com possibilidade de abrigar vida embaixo de uma crosta de gelo. A poderosa gravidade jupiteriana mantém a água em estado líquido. É tido como um planeta "ativo" pela Nasa.
GANIMEDES
Maior lua de Júpiter e única a possui seu próprio campo magnético. Há um oceano salgado embaixo de um grande crosta. A possibilidade de vida é tida como "improvável".
CALISTO
Lua de Júpiter com um oceano submerso em uma enorme crosta de gelo (200 km). A possibilidade de abrigar vida como conhecemos é baixa.
ENCÉLADO
Esta lua de Saturno é uma das que mais empolgam os cientistas. A Nasa classifica Encélado como um "mundo" ativo, com um oceano dinâmico e alta possibilidade de abrigar vida. A crosta de gelo é relativamente pequena, cerca de 30 km, e há diversas fissuras que fazem o satélite expelir gigantescos jatos de água no espaço.
TITÃ
Lua de Saturno. Possui um oceano tão salgado quanto o Mar Morto na Terra. A vida pode ter se desenvolvido entre camadas de gelo e água. Há ainda a evidência que a água se prolongue abaixo de uma grossa camada e vá até o núcleo deste satélite. A Nasa também acredita em enormes lagos e mares. Chances de vida tidas como "improváveis".
MIMAS
Outra lua de Saturno. Com o formato de uma bola de futebol, este satélite possui água líquida embaixo de uma camada de gelo de cerca de 30 km. A Nasa dá como "possível" a existência de formas de vida.
TRITÃO
Uma das luas de Netuno, Tritão expele gêisers de nitrogênio e possui vulcões que indicam que um núcleo aquecido e dinâmico. É tido pela Nasa como um dos mundos mais ativos no Sistema Solar além da Terra. Um oceano abaixo da superfície é provável, mas não foi confirmado.
PLUTÃO
O planeta-anão possui anéis e um possível oceano. A sonda New Horizons deverá responder a essa questão e pode revelar se ele é um "mundo oceânico".