Sonda Rosetta tentará se comunicar com robô estacionado no cometa

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 16/03/2015 às 9:01

67P pode guardar informações da formação do Sistema Solar. (Foto: AFP). 67P pode guardar informações da formação do Sistema Solar. (Foto: AFP).

Momentos de grande expectativa na comunidade científica. A sonda europeia Rosetta, que transportou o robô Philae até o cometa 67P Churyumov-Gerasimenko, a mais de 510 milhões de quilômetros da Terra, onde pousou em novembro último, ficará em alerta por uma semana a partir desta quinta-feira (12). Tudo por que existe a possibilidade de receber sinais.

O robô reiniciou seus equipamentos duas vezes após pousar em uma localidade com relevo acidentado, onde não recebe luz solar suficiente para recarregar suas baterias e voltar a funcionar. Desta forma, foi deixado em modo de "espera" desde 15 de novembro.

Este mês o cometa está mais perto do Sol e recebe mais iluminação. Assim, a sonda Rosetta estará particularmente atenta a qualquer sinal vindo do cometa.

"Ligaremos a recepção da rádio da Rosetta no canal usado pelo Philae. Num período de oito dias, até 20 de março, teremos onze janelas onde tudo coincidirá particularmente bem: a proximidade do cometa e a situação geométrica", explica comunicado do Centro Europeu de Operações Espaciais.

Foto: Divulgação/ESA. Foto: Divulgação/ESA.

Os técnicos que acompanham a missão Rosetta acreditam que com a aproximação do cometa com o Sol o Philae possa receber quase duas vezes a quantidade de luz solar que recebe desde que pousou no ano passado.

Os cientistas procuram indícios de moléculas baseadas em carbono complexas o suficiente para determinar a possibilidade desses cometas terem originado a vida na Terra. Eles também pesquisam a formação do Universo uma vez que corpos como o 67P trazem informações dos primeiros momentos das galáxias. [Da ESA via AEB]