67P pode guardar informações da formação do Sistema Solar. (Foto: AFP).
Momentos de grande expectativa na comunidade científica. A sonda europeia Rosetta, que transportou o robô Philae até o cometa 67P Churyumov-Gerasimenko, a mais de 510 milhões de quilômetros da Terra, onde pousou em novembro último, ficará em alerta por uma semana a partir desta quinta-feira (12). Tudo por que existe a possibilidade de receber sinais.
O robô reiniciou seus equipamentos duas vezes após pousar em uma localidade com relevo acidentado, onde não recebe luz solar suficiente para recarregar suas baterias e voltar a funcionar. Desta forma, foi deixado em modo de "espera" desde 15 de novembro.
Este mês o cometa está mais perto do Sol e recebe mais iluminação. Assim, a sonda Rosetta estará particularmente atenta a qualquer sinal vindo do cometa.
"Ligaremos a recepção da rádio da Rosetta no canal usado pelo Philae. Num período de oito dias, até 20 de março, teremos onze janelas onde tudo coincidirá particularmente bem: a proximidade do cometa e a situação geométrica", explica comunicado do Centro Europeu de Operações Espaciais.
Os técnicos que acompanham a missão Rosetta acreditam que com a aproximação do cometa com o Sol o Philae possa receber quase duas vezes a quantidade de luz solar que recebe desde que pousou no ano passado.
Os cientistas procuram indícios de moléculas baseadas em carbono complexas o suficiente para determinar a possibilidade desses cometas terem originado a vida na Terra. Eles também pesquisam a formação do Universo uma vez que corpos como o 67P trazem informações dos primeiros momentos das galáxias. [Da ESA via AEB]