Relação entre o homem e seus dispositivos foi tema trazido por Daniel Sieberg

Romeu Leite Coutinho
Romeu Leite Coutinho
Publicado em 26/07/2014 às 14:32

(Foto: Mayra Cavalcanti) (Foto: Mayra Cavalcanti)

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Quantas vezes você se encontrava na mesa de um restaurante com seus amigos e todos estavam com os olhos vidrados em seus smartphones? Ou que você passou o dia inteiro em frente a um computador ou tablet? Estas foram reflexões trazidas pelo gerente sênior de Marketing do Google, Daniel Sieberg, durante sua palestra no palco principal na Campus Party Recife (CPRecife3), que acontece no Centro de Convenções, em Olinda.

Por conta de outros compromissos de Daniel, a palestra teve cerca de 30 minutos de duração e não houve a parte de perguntas. No Google, Sieberg é responsável por supervisionar a eficiência do alcance de mídia realizado pela empresa, assim como atua como porta voz.

Daniel falou um pouco do seu livro, The Digital Diet, ou A dieta digital, em português, que trata como as pessoas têm se relacionado com a tecnologia e como elas irão se relacionar no futuro. Ele conta que, quando jovem, não desgrudava da tela de seus dispositivos. E viu que a situação chegou a um ponto em que ele parou de interagir com as pessoas.

"Eu vi que era o momento de parar. E isso é importante que todos nós façamos. Desconectar um pouco dos nossos dispositivos e interagir com outras pessoas", acrescentou. Ele conta que o Google, pensando no tempo que as pessoas perdem buscando informações nos seus smartphones, por exemplo, tem pensado em soluções para otimizar este tempo.

Daniel citou os exemplos do Android Wear e do Google Glass, além de um carro autoguiado como soluções que poderiam acelerar as tarefas que precisamos realizar, diminuindo, assim, o tempo que passamos tendo contato com máquinas, ao invés de pessoas.

Sieberg também falou alguns dados, como por exemplo, de que uma pessoa tira o celular do bolso aproximadamente 100 vezes ao dia para obter algum tipo de informação. Ou de que 10% das pessoas abaixo de 25 anos não se importam de serem interrompidos por um dispositivo enquanto fazem sexo.

"O que termina acontecendo são cenas do dia a dia em que as pessoas ficam olhando o tempo todo pro telefone. Às vezes é necessário ter contato pessoal. Acho que evoluímos até um ponto que ficamos presos a eles", completou.

Para a tristeza de muitos campuseiros, chegou o último dia de programação oficial da Campus Party Recife. A cerimônia de encerramento acontece às 19h.