Apps de namoro e sexo apostam no anonimato e geolocalização para ajudar usuários

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 21/09/2013 às 17:01

Tinder é um dos apps de maior sucesso deste ano (Divulgação) Tinder é um dos apps de maior sucesso deste ano (Divulgação)

Chegou recentemente ao Brasil o aplicativo Tinder, que tem como proposta aproximar pessoas que querem se conhecer. Para isso, o app utiliza a geolocalização do celular do usuário. Ele também utiliza as informações pessoais usando dados do perfil do Facebook para unir pessoas com interesses em comum. Os desenvolvedores garantem que nenhuma privacidade é violada e o aplicativo também não revela as interações no Facebook.

Segundo o criador do app, Justin Mateen, a proposta do Tinder é conectar pessoas, não necessariamente para namoro, mas também para amizade e negócios. Outra diferença do Tinder em relação a outras iniciativas do gênero é o fato de ele colocar em contato apenas pessoas que possuem interesse mútuo. Quando o usuário marca alguém com um "coração", essa pessoa só irá ser notificada se tiver feito o mesmo com ele.

É uma proposta parecida como controverso "Bang With Friends", mais voltado para encontros furtivos. Apesar da proposta amigável do Tinder, de um app para encontros, muitos usuários no Brasil já enxergam a rede como uma espécie de "Grindr para héteros". A referência diz respeito ao famoso aplicativo de encontros gays, que faz sucesso em todo o mundo.

App Grindr fez sucesso ao facilitar encontros para gays (Divulgação) App Grindr fez sucesso ao facilitar encontros para gays (Divulgação)

O Grindr usa a geolocalização do celular para mostrar homens em uma determinada área. Depois, basta puxar papo e ver o que acontece. O aplicativo tem 4,5 milhões de usuários cadastrados no mundo e tem o Brasil como um dos principais mercados, com a oitava maior audiência. Criado em 2009 pelo israelense radicado em Nova York, Joel Simkhai, o Grindr veio para ajudar o público gay a conhecer novas pessoas com segurança. "Você olha para alguém e deduz se é gay ou não, mas nunca tem certeza. Procurei uma solução para saber quem era semelhante a mim ao meu redor, utilizando o celular", disse Simkhai em entrevista ao iGay.

Cerca de um ano e meio depois, Simkhai criou o Blendr, voltado para heterossexuais. A aceitação não foi tão boa. Segundo ele, a dificuldade em conhecer alguém novo é mais complicado para os gays.

Outra rede já estabelecida, o Badoo tem hoje mais de 190 milhões de usuários em todo o mundo. Ainda que não seja voltada apenas para heterossexuais, é mais comum entre pessoas de sexos diferentes em busca de conhecer alguém para namorar ou mesmo para sexo casual. O site é uma espécie de rede social e não tem um foco no mobile e no uso do GPS, como acontece com a maioria das outras redes citadas.

Todos esses aplicativos mostram que não existe mais a desculpa para não tentar conhecer novas pessoas.

Para conhecer:

Tinder: iOS, Android

Grindr: iOS, Android, BlackBerry

Badoo: iOS, Android, BlackBerry

Blendr: iOs, Android