E-Health aposta em tratamento médico remoto e dados de pacientes na nuvem

Agence France-Presse
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Publicado em 18/07/2013 às 20:21

A gestora Katia Galvane apresenta o serviço E-health na Campus: saúde e tecnologia (Foto: Igo Bione/JC Imagem) A gestora Katia Galvane apresenta o serviço E-health na Campus: saúde e tecnologia (Foto: Igo Bione/JC Imagem)

Serviço da Vivo foi comprado pelo Governo do Estado e deve chegar ao mercado até o final do ano

Já imaginou poder aferir a pressão arterial em casa e contar com aparelhos que levem o resultado a centros médicos? E mais: já pensou em quantas mortes poderiam ser evitadas se essas centrais contassem com profissionais capacitados a irem até você ou, em casos mais urgentes, acionarem a ambulância? Essa é uma das propostas da e-Health, um serviço que pretende integrar os sistemas público e privado de saúde através da comunicação.

Quem oferece o produto é a Telefonia Vivo, que fez o anúncio do produto ao público durante a Campus Party Recife. "Uma vertente importante para nós é a saúde, porque a área de telecomunicação pode aportar muito valor, diminuindo distâncias, evitando filas e aproximando o cidadão do serviço de saúde. Então é possível fazer com que a informação de saúde chegue mais rapidamente para o médico e para o cidadão, e que o contato entre esses dois personagens seja mais efetivo", disse a gestora de produtos e negócios da E-health, Kátia Galvane. O serviço será lançado gradativamente em todo o Brasil, a partir do segundo semestre. Um dos primeiros clientes é o Governo do Estado de Pernambuco.

Médicos online

A empresa fechou parceria com a Axismed, uma empresa que dispõe de profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros. Em cada cidade onde houver E-health, essa equipe terá acesso a informações sobre a saúde das pessoas que contrataram o serviço. Os contratantes podem ser desde gestores públicos, como prefeitos e governadores, a agentes da iniciativa privada, a exemplo de hospitais, corporações e planos de saúde.

Hospitais podem, por exemplo, monitorar e otimizar o cuidado com pacientes que deixaram o leito e foram para casa. Corporações podem contratar o E-health a fim de fornecê-lo para funcionários que lidam com doenças crônicas; planos de saúde podem oferecer aos conveniados a possibilidade de marcar consultas online, ou até mesmo de realizarem sozinhos, em casa, exames de urgência, evitando a espera comum aos atendimentos de emergência.

"Além da gestão de saúde populacional e da gestão de crônicos, o serviço também otimiza a gestão remota de clientes. Esse serviço permite, por exemplo, a marcação de consultas online e o envio de informações para o paciente com conteúdos importantes para o bem-estar. Também trabalhamos com imagens médicas em nuvem. Um médico do Recife, por exemplo, pode receber uma imagem enviada por um médico do Interior e ajudá-lo a analisar e diagnosticar uma patologia. Uma vez esclarecido, o caso é armazenado em uma espécie de 'histórico' do paciente, sua ficha virtual, que fica na central de laudos da cidade onde habita o paciente em questão."

Etapas finais

O projeto já está nas etapas finais para ser lançado no mercado. Foram feitos testes com os dispositivos móveis que serão utilizados para emitir as informações às centrais médica - como tablets, smartphones, notebooks e relógios, mas eles ainda aguardam análise técnica da Anvisa e Anatel.