Hackaton cidadão instiga campuseiros a criar apps para melhorar a cidade

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 18/07/2013 às 18:07

Gustavo Maia, criador do Colab.re e o professor da UFPE, Kiev Gama (Foto: Igo Bione/JC Imagem)Eduardo Oliveira, do Cesar e professor da Universidade Católica de Pernambuco e o professor da UFPE, Kiev Gama (Foto: Igo Bione/JC Imagem)

Dois hackatons (as populares maratonas hackers) devem mobilizar os campuseiros este ano: o concurso Hacker Cidadão, que começa nesta quinta (18) e vai até sábado (20), e o concurso Cidadão Inteligente, com duração de três meses. "A ação inicial começa aqui na Campus Party, mas o desafio maior vai durar 3 meses, tempo suficiente pra os participantes utilizarem os dados abertos da prefeitura no desenvolvimento de aplicativos que estimulem sua imaginação", pontuou Kiev Gama, professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn - UFPE). A missão é criar aplicativos para dispositivos móveis, com dados que foram abertos ao público pela Prefeitura do Recife.

O palco Pitágoras foi o escolhido para desafiar os desenvolvedores, na tarde do segundo dia de Campus Party Recife. Os interessados podem acessar os dados fornecidos pela Prefeitura através do site. Não é necessário fazer nenhum cadastro. As inscrições para o hackaton da Campus Party Recife foram iniciadas nesta quinta (18) e podem ser realizadas pelo endereço www.campus-labs.com. O julgamento do concurso Hacker Cidadão ocorre entre as 13h e as 19h do sábado, e os três primeiros lugares serão anunciados às 20h, quando serão premiados com monitores HP e vouchers para o curso do Cesar.edu.

Já os que pretendem concorrer ao concurso Cidadão Inteligente podem se inscrever nas categorias 1 ou 2. A primeira exige dos participantes o desenvolvimento de aplicativos ou sites da web que usem pelo menos um conjunto de dados abertos pela prefeitura. O produto deve ser útil à população, fruto de inovação e criatividade, ter um bom apelo visual e usabilidade. Pode ser criado individualmente ou em uma equipe de até 3 pessoas. Na categoria 2, o campuseiro deve propor ideias inovadoras à cidade.

A seleção dos 5 primeiros colocados de cada categorias acontece a partir do dia 11 de novembro até dezembro. Os 10 pré-classificados participam em janeiro de um workshop presencial, onde haverá uma comissão julgadora que deve decidir a premiação. Na categoria 1, o vencedor vai receber dez mil reais e uma bolsa de estudos do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). o segundo colocado leva 7,5 mil reais, e o terceiro ganhará 5 mil reais. Já quem conquistar o primeiro lugar da categoria 2 deve receber 5 mil reais, enquanto o segundo colocado leva para casa 3,5 mil reais, e o terceiro lugar sai com 1,5 mil reais no bolso.

A iniciativa faz parte de um processo de abertura de dados que vem sendo mote de vários governos ao redor do mundo. Insere também Recife (com atraso) dentro das chamadas cidades inteligentes, oferecendo aos cidadãos soluções que melhorem a qualidade de vida das pessoas.

Atualização: Eduardo Oliveira faz parte do do Cesar e é professor da Universidade Católica de Pernambuco. A legenda dizia que era Gustavo Maia, do Colab. Corrigimos a informação e pedimos desculpas :)