Palestra sobre arte e tecnologia dispersa público na Campus

Felipe Silva
Felipe Silva
Publicado em 29/07/2012 às 18:01
psico_campus FOTO:

Por Geisa Agrício, do NE10

O diálogo entre áreas distintas favorece a discussão e a produção mais ampla de conhecimento. A Campus Party Recife vem se propondo a dispor na programação palestras que abordem a tecnologia em outros setores como economia, design ou educação. Mas, por vezes, o intercâmbio não acontece a contento.

A palestra "Psicocartografia das Artes e Tecnologias do Recife" pretendia de acordo com a sinopse apresentar registros de projetos artísticos que utilizam tecnologia digital em sua plataforma criativa. Porém, o encontro ficou disperso e confuso, provavelmente por que nem mesmo na sinopse no site oficial constava claramente de que se tratava o tema o encontro. Nem os nomes dos palestrantes foram divulgados e a própria produção não sabia dizer os nomes e currículos de quem estava na mesa.

A curadora e doutoranda em sociologia, Cristiana Tejo, falou o Recife flerta, desde a década de 1970, com outras perspectivas tecnológicas, como novos suportes e formatos de vanguarda. Um dos exemplos é a vídeoarte ou a arte postal, referenciada por nomes como Paulo Bruscky.

O outro convidado Farley Milano tratou do conceito de tecnologia como uma apropriação humana quase orgânica. E de como a obra de arte e o recente processo criativo é colaborativo e sempre em construção, nunca obra pronta.

A discussão com o público abordou contradições de como a presença da tecnologia na arte não é, ainda, acompanhada pela estrutura das instituições e do mercado de arte. Resquícios de conceitos do século passado ainda preza pelo conceito do autor, do gênio, do prestigio. E que hoje a arte é coletiva, de compartilhamento. As ideias são mais importantes que o artista ou o próprio objeto.

Mas, no geral foi um debate bastante confuso. Impossível de acompanhar para quem não vive o universo artístico. Foi uma palestra de arte contemporânea bem complicada para campuseiros e espantou o publico que acabou esvaziando o espaço Michelangelo. "Conversa estrambólica", disseram alguns. Faltou uma maior clareza da proposta da mesa.

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