Foto: Igo Bione/JC Imagem
Por Amanda Miranda, do NE10
O Instagram pode ser uma maneira de reviver tempos passados. Seja reaprendendo a usar imagens que eram feitas nas câmeras analógicas ou usando o seu lado "familiar". Para a jornalista Daniela Arrais, do blog Don't touch my moleskine, a rede social será uma forma de sair da internet. "Acredito que as pessoas vão começar a se encontrar", afirmou na palestra que ministrou junto com Denise Mustafa e Damião Santana, na manhã deste domingo (29), no palco Michelangelo, da Campus Party Recife.
A palestra já começou mostrando como o Instagram, com todos os filtros, é uma forma de refazer a linguagem desenvolvida pela Lomografia desde o inicio da década de 1990. A diferença entre a rede e as fotos tiradas pelas câmeras tradicionais, para Denise Mustafa, está na efemeridade das primeiras. "No Instagram, mostramos o que fazemos na hora. Já as fotos tradicionais são feitas para ser guardadas". Ela é jornalista e responsável pelos projetos desenvolvidos nas redes sociais do Beach Park, em Fortaleza.
A fala de Daniela Arrais foi baseada no projeto desenvolvido por ela, o Instamission. Toda semana, são postadas tarefas para os usuários cumprirem. Depois da primeira, em fevereiro de 2011, que foi "fotografe um sorriso", já foram recebidas mais de 50 mil fotos, em 77 desafios. De acordo com a blogueira, o mais legal do Instagram é que não há uma obrigação. "Mesmo com tantas pessoas, ainda há uma familiaridade que deixa a internet interessante. Você segue e é seguido, não poque conhece alguém e tem essa obrigação, mas porque acha que aquela pessoa tem um olhar diferente", afirma.
Perguntamos a Dani Arrais quais são, em sua opinião, as contas mais legais no Instagram. "Estes fazem parte daquele momento nos feeds em que você une informação e diversão".
Já Damião Santana gosta de ver as produções artísticas no cotidiano e Denise Mustafa, de fotos de amigos e de viagens.
