Potencial de desenvolvimento do Nordeste aponta região como emergente

Felipe Silva
Felipe Silva
Publicado em 27/07/2012 às 14:02
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Foto: Eudes Santana / Divulgação

O novo e promissor cenário da economia nordestina foi o tema do painel "Nordeste, o novo Brasil é aqui", que teve como debatedores o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Recife, José Bertotti, o presidente do Grupo Telefônica - Vivo no Brasil, Antônio Carlos Valente e o economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais, da Fundação Getúlio Vargas. A palestra durou menos de meia hora, já que teve quase 45 minutos de atraso, e foi encurtada na programação. Os convidados acabaram fazendo apontamentos mais genéricos e superficiais e o público só pode fazer duas perguntas.

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Neri abordou o crescimento da classe média e a elevação de crédito como alguns fatores que colocam a Região Nordeste como potencial de desenvolvimento e na conformação de novos mercados. Destacou ainda a importância do polo tecnologico local como impulsionador desse redefinição do progresso local. Ao citar um software nordestino que está sendo utilizado por instituições financeiras de todo País, reforça a importância do Nordeste na exportação de tecnologia estrutural nacionalmente. "Se no mundo China e Índia despontam como emergentes de alto poder de crescimento e desenvolvimento num cenário mundial estagnado, num paralelo brasileiro, o Nordeste representa essa emergência", comentou o economista.

Antônio Carlos Valente ressaltou o potencial da região e fez anúncios da cobertura 4G no nordeste deve chegar antes da Copa do mundo e como a Vivo pretende ser majoritária no mercado com a qualificação da rede e da estrutura de telecomunicações. o presidente da operadora defende o nordeste como o mercado de maior potencial para os futuros investimentos, já que aqui reside a maior transição das classes C e B. Por fim, José Bertotti defendeu os alicerces do parque tecnológico recifense como o Porto Digital e o Cesare ainda apontou que mesmo as economias em crise, como a européia, são sensíveis a importancia do impulsionamento do setor e investem pesadamente em inovação.

No entanto, o crescimento vertiginoso da economia no nordeste não foi percebido culturalmente no país com a mesma velocidade. A região ainda é observado com preconceito, como se ao invés de produzir em nível de ponta ainda necessitasse de suportes subsidiários. "Quem está por cima não consegue acompanhar muito a revolução que estamos vivendo, quem está no topo não entende como quem ganhava R$1 mil e passa a receber R$ 2mil é uma revolução no país. Mas o Nordeste é onde está o progresso, não é à toa que grandes empresas estão se instalando e fazendo negócios aqui. Nos últimos 10 anos, a metade mais pobre da população cresceu 550% mais rápido que os 10% mais ricos", analisa Neri.

FGV - Marcelo Neri anunciou que a FGV divulgará na próxima terça-feira um novo relatório do mapeamento do acesso e do uso de tecnologia de telefonia e internet no Brasil e um ranking mundial com padrões de acessibilidade.