Rodrigo Medeiros é um dos palestrantes de destaque desta sexta (Foto: Divulgação)
Biotecnologia no quintal de casa. É isso que gente do mundo inteiro está fazendo, seja com objetivos práticos ou experimentais. O chamado biohacking, que tem poucos adeptos no País, será abordado pela primeira vez em uma edição brasileira da Campus Party. Às 18h desta sexta-feira (27) no Cenário Galileu, no Chevrolet Hall, Edson Barrus e Rodrigo Medeiros vão esclarecer o que é o biohacking, mostrar exemplos de dentro e fora do Brasil e apresentar o projeto Cão Mulato.
A seguir, confira entrevista com o designer de interação e pesquisador em visualização de informação e tecnologias livres Rodrigo Medeiros, curador do Cenário Galileu. No link Leia Também, veja a conversa com o zootecnicista e mestre em linguagens visuais Edson Barrus.
O que você pretende abordar na palestra?
RODRIGO – Vou apresentar três projetos europeus, cada um com uma pegada diferente: um mais ligado à arte, outro à experimentação e outro à produção de design. A ideia é ver o papel do biohacking fora do país e mostrar o que é isso, já que ele é pouco compreendido aqui no Brasil.
E como você define o biohacking?
RODRIGO – É como se os biohackers fossem biólogos de garagem, fazendo experimentações de biologia no esquema do faça-você-mesmo.
Essa ideia de que qualquer um pode manipular a vida costuma levantar polêmica, não é?
RODRIGO – É um assunto polêmico porque estamos trazendo uma discussão que era feita só em laboratório para a garagem de casa. Acredito que todo mundo deve ter acesso a essas tecnologias. Da mesma forma em que experimentamos e entendemos códigos para fazer software livre, etc., a ideia é entender um pouco mais a vida, o ser humano. Não estamos falando de grandes modificações. Não se trata de criar um laboratório gigante e mudar o mundo. [Confira mais no JC Online]