Incubadas do Porto Digital dividirão espaço para encarar o mercado

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 18/07/2012 às 16:15
mobiclub FOTO:

Os sócios Danilo e Thiago, da empresa Mobiclub, que está se "desencubando" do Porto (Foto: Flora Pimental/JC Imagem)

O momento de sair de casa é bem complexo. Muitos jovens acabam criando repúblicas com amigos e amigas, diluindo as contas e criando ambientes mais seguros para o início da vida adulta. A presença dos amigos, é certo, também compensa a distância do aconchego e supervisão dos pais. O mesmo processo se aplica ao universo empresarial. Incubadas passam até alguns anos protegidas no ninho: têm suas contas pagas e só precisam se preocupar de verdade em fortalecer seus produtos e soluções. A mesma tática de sobrevivência em grupo pode ser uma boa alternativa para os primeiros anos de uma companhia iniciante.

É justamente o que três empresas em processo de spin-off da incubadora Cais do Porto, do Porto Digital, estão planejando fazer. Este mês, com a conclusão dos 18 meses de incubação, tanto a Mobiclub, quanto a iCare e a Redu começaram a pensar o que fazer para enfrentar a dura realidade das startups. A solução, claro, foi unir-se em um ambiente comum. As três empresas, que totalizam 13 pessoas, procuram um lugar para chamar de seu.

Segundo os próprios incubados, a ideia é tanto ter espaço próprio a custos baixos, quanto manter o ambiente de troca e interação do período em que passaram juntos, na sede do Porto. “Queremos manter a sinergia. Já aconteceu de usarmos tecnologias que outra empresa estava utilizando em nossas próprias soluções, por exemplo”, comenta o André Diniz, da Redu.

A empresa tem como foco a criação de uma rede social voltada à educação. “Mais de uma vez já conversamos informalmente sobre integrar nossos produtos”, conta Yuri Zaidan, um dos responsáveis pela iCare, especializada em jogos educacionais. Mas apesar das vantagens óbvias, não está sendo fácil encontrar um espaço viável. “Encontramos uma sala que comporta até duas empresas. Dispensamos o imóvel porque não queríamos excluir uma das companhias. Já o outro local que encontramos era fora da realidade financeira do grupo”, destaca Diniz.

A busca torna-se ainda mais complicada pelo fato de as empresas fazerem questão de permanecer no Bairro do Recife. “É nosso plano A. Queremos permanecer juntos, no ambiente do Porto. Sem esses fatores, nada faz sentido”, destaca. E como a busca está difícil, o grupo resolveu procurar ajuda do próprio Porto Digital. “Eles nos ofereceram uma sala que não comportava todo mundo. A segunda oferta é a que parece ser mais interessante”, comenta o sócio da Redu. Segundo ele, a organização ofereceu mobília e uma certa infraestrutura para o grupo. O aluguel do espaço e as despesas dos escritórios, no entanto, ficariam sob responsabilidade das empresas. As informações são do Jornal do Commercio. Leia a edição desta semana (para assinantes do UOL e do JC.