Empresa pernambucana espera lançar chip sustentável em julho

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 17/01/2012 às 17:21
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O engenheiro Diego Menezes e a CEO Marília Lima (Foto: Paulo Floro/NE10)

Pouco gente ainda conhece, mas em um pequeno espaço no C.E.S.A.R., dentro do Porto Digital, no Recife, a empresa pernambucana Silicon Reef se prepara para colocar no mercado chips de baixo consumo e que utilizam energias limpas, como o sol para gerar energia. A proposta é que esses circuitos atendam uma demanda de hardwares de baixa complexidade, como mochilas e carregadores solares.

O chip EH01 já encerrou as fases de testes e agora já entra em desenvolvimento. Produzido na Alemanha, ele teve um custo inicial de cerca de R$ 1,5 milhão, conseguido através de fundos do Cnpq, Facepe, Finepe e recentemente, o Sebrae-PE. Segundo Marília Lima, CEO da empresa, sera necessário mais R$ 1 milhão para que o produto seja lançado no mercado. "Parte dessa verba virá através do fundo Criatec e outra com o faturamento das primeiras vendas", disse ao MundoBit.

A Silicon Reef nasceu dentro da Universidade Federal de Pernambuco, onde Marília e Tiago Lins estudaram. Atualmente, eles estão incubados dentro do C.E.S.A.R., mas já há planos de mudança para um espaço maior. "Começamos com quatro pessoas, mas agora já não temos mais espaço físico para comportar mais profissionais", diz Marília. A ideia do nome da empresa é uma referência direta ao Recife e o pioneirismo no desenvolvimento de uma indústria de componentes.

Existem poucas empresas no mundo que desenvolvem chips, cerca de 20. A ideia da Silicon Reef é fomentar um mercado de semi-condutores por aqui, mas também dar atenção especial às tecnologias verdes. "Planejamos contribuir para inovação tecnológica que levem em conta a sustentabilidade do planeta".