A Semana em Games: Skyrim aprimora técnicas do RPG e torna-se o melhor jogo do gênero em 2011

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 03/12/2011 às 11:08
skyrim FOTO:

Os RPGs têm se mostrado como os grandes destaques entre os videogames este ano. São eles que causam comoção em fóruns, blogs especializados e motivam uma expectativa que os colocam ao lado de grandes produções de Hollywood tamanho investimento e repercussão que causam. E nenhum deles foi tão além quanto Elder Scrolls V - Skyrim, que chegou às lojas no final de novembro para Xbox 360 e PS3.

O jogo é tido como um dos mais completos do gênero e preza pelos detalhes. Ciente da legião de fãs que possui em todo o mundo, a produtora Bethesda se preocupou em criar uma ambientação tão rica que causa a impressão de que aquele mundo é de fato possível. Assim são as grandes obras cultuadas, a exemplo de O Senhor dos Anéis e A Guerra dos Tronos - dadas as devidas proporções. Enfim, é o melhor jogo de aventura no estilo espadas e magia que você terá jogado este ano.

A trama coloca o usuário em Skyrim, uma região da terra de Tanriel, onde se passa a série Elder Scrolls. É um ambiente frio, inóspito e com um povo que mais parecem os vikings, além de diversas outras raças e criaturas. Como outros RPGs, há muitas direções a tomar. Você pode investigar crimes, seguir pistas que dão em pequenas missões, tornar-se um trabalhador da região. Tudo será levado para um direcionamento que liga qualquer história a uma trama maior.

Ao contrário de outros jogos de sucesso, como Dragon Age: Origens, que tem uma narrativa rápida e eletrizante desde o início, Skyrim requer mais tempo para que o jogador se ambientalize em sua mitologia, aprecie os incríveis cenários e descubra detalhes sobre o passado da região, que envolve profecias sobre fim do mundo e masmorras secretas. Na trama, você precisa deter Alduim, um monstro tido como "devorador dos mundos". Para isso, é necessário usar o poder dos dragões.

A jogabilidade do jogo é muito boa, superior até mesmo de Oblivion, o título anterior da série. A melhora dos NPCs, que são os personagens não-jogadores, traz mais emoção ao roteiro, que requer muito diálogo para que se possa aproveitar ao máximo o enredo. Os gráficos são superiores a qualquer outro título do gênero à venda hoje. É possível ver mínimos detalhes mesmo que estejam bem distantes. E ao falar com um coadjuvante, podemos acompanhar sua ação com um conjunto de minúcias impressionante. Foi usado um novo motor gráfico chamado Gamebryo, usado em Fallout: New Vegas, que deu ao game toda essa possibilidade gráfica.

A possibilidade de alternar a narrativa em primeira pessoa e terceira pessoa é interessante, pois alguns momentos são particularmente divertidos, como montar à cavalo. Jogamos Skyrim num PS3, e em alguns momentos o jogo demorou muito a carregar. Assim que lançou o jogo, a Bethesda, produtora que faz o título correu para corrigir alguns bugs, como os travamentos causados no PlayStation por causa dos saves. Com a atualização, tudo ocorreu sem engasgos.

No Xbox 360, o problema dizia respeito à resolução. Não pude comprovar, mas a produtora garantiu que tudo foi corrigido. Com tudo isso, The Elder Scrolls V: Skyrim é um dos títulos para se perder por horas em seu universo fantástico.

Para você, qual o melhor jogo de RPG lançado este ano?

The Elder Scrolls V: Skyrim está disponível para Xbox 360, PC e PS3, onde o jogo foi testado. Preço médio de R$ 199.