Kazaa retorna da tumba como um app para iPhone; o que aconteceu com os P2P que amamos?

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 21/09/2011 às 11:22
kazaa FOTO:

Um dos mais populares programas de compartilhamento de músicas, o Kazaa não desiste. Depois de encerrar as atividades com a onda de processos judiciais que sofreu da indústria fonográfica, o programa ressurge agora como um aplicativo para iPhone. Mas, não traz muita inovação. Sua proposta é ser mais um programa de streaming de músicas, como já fazem o Spotify e o Last.Fm.

Surgido após a popularização do Napster, o programa serviu para facilitar o compartilhamento de músicas e outros arquivos. Mas, sempre houve controvérsia. Como programas desse tipo, era comum arquivos corrompidos, incompletos, e em compressão menor, um sacrilégio nos dias de hoje, com demanda de alta qualidade. Processado por gravadoras e artistas, o programa chegou ao fim.

É verdade que o Kazaa não entregou os pontos facilmente. Ele ainda tentou um retorno como um serviço pago de download, mas também não deu muito certo. Hoje, o serviço tenta pegar a onda do streaming e da maior velocidade da internet. Mas, fica a pergunta: antigos programas P2P (compartilhamento entre computadores) ainda possuem a influência e popularidade de antes?

E como convencer o público que usava o programa para fazer downloads gratuitamente a pagar 10 dólares pelo serviço? O download do app é gratuito e pode ser usado no iPhone, iPad e iPod Touch e usado para sincronizar músicas entre esses dispositivos.

Os últimos anos também viram sumir muitos programas P2P populares. Todos funcionavam da mesma maneira: uma busca revelava arquivos armazenados em computadores do mundo todo. Em seguida, uma conexão era estabelecida entre eles e o download iniciado. Hoje em dia, os clientes torrents, onde um mesmo arquivo é baixado de diversas pessoas simultaneamente é mais utilizado.

Veja o que aconteceu com cada um deles.

Kazaa

Era popular para a troca de MP3, vídeos e documentos. Chegou a ser acusado de trazer programas maliciosos para o computador do usuário. Tornou-se um serviço legal de música em 2007, após ser processado por violação de direitos autorais.

iMesh

O serviço foi o primeiro a ser aprovado pela RIAA, associação de gravadoras americanas. Mas também teve um passado de processos por infringir leis de copyright.

LimeWire

Uma das maiores dores de cabeça para a indústria ganhou uma versão independente conhecida como LimeWire Pirate Edition, após processos judiciais. Ainda hoje existe e é tido como depositório de malwares e arquivos maliciosos.

eMule

Bastante popular no Brasil, ainda é utilizado, ainda que sua popularidade tenha caído com a chegada dos torrents e da popularização do stream.

Soulseek

Ficou conhecido por formar uma rede de pessoas interessadas em música independente. Era possível conversar por chats dentro do programa.

E você, qual era (ou é) o seu P2P preferido?