Com 3 milhões de cópias vendidas, MK revive o prazer dos jogos de luta
Os jogos de luta fizeram muito sucesso nos anos 1990 com as máquinas arcade nos shoppings e nos subúrbios. Com uma ficha de R$ 0,10 era possível ter acesso a uma experiência de pancadaria contra um oponente que poderia ser o computador ou alguém real no "player 2". Um dos mais conhecidos e sanguinolentos era Mortal Kombat e todas as suas sequências. E foi esse jogo que melhor soube envelhecer para a era dos consoles de alta resolução. A Warner Bros Interactive informou esta semana que o jogo homônimo lançado no início deste ano atingiu a marca de 3 milhões de unidades vendidas nas plataformas Xbox 360 e PS3.
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A Warner comprou MK da empresa americana Midway depois que esta declarou falência em 2009. O seu título mais conhecido, criado originalmente por Ed Boon ganhou uma nova chance nas mãos da nova casa que reiniciou a franquia batizando-a simplesmente de Mortal Kombat. O jogo proporciona uma experiência tão interessante quanto a sua encarnação nos arcades. Tudo por causa de uma estratégia que combinou novos recursos com uma proposta mais conservadora na jogabilidade.
Com personagens em 3-D, MK é basicamente 2D, como todo bom jogo de luta. Não há muita interação com o cenário e a batalha acontece em um plano aberto padrão, com cada jogador de um lado da tela. Por outro lado, os golpes e o realismo foram aprimorados. Os ferimentos dos personagens ficam mais nítidos conforme a luta avança e os resultados dos ataques são altamente variáveis conforme muda o lutador escolhido. São 26 no total, com possibilidade de fazer download de novos combatentes, entre eles nosso querido Freddy Krueger.
O sucesso de Mortal Kombat renovou um estilo que estava sendo negligenciado entre os jogos atuais, mais baseados em complexas histórias, universos fantásticos e estratégia, a exemplo dos sucessos Dragon Age, inFamous, entre outros. Gênero mais tradicional, MK foi uma surpresa para a Warner que ficou bem à frente do concorrente diretom Super Street Fighter 4, que vendeu 1.6 milhão de unidades. Com uma brutalidade exagerada, MK lembra Kill Bill com seu sangue jorrando na tela. Típico jogo que assusta tios e tias que visitam sua casa nos fins de semana.
E claro, o melhor de Mortal Kombat retornou bem caprichado. Os fatalities estão ainda mais criativos e existe a oportunidade de treino antes de sair por aí impressionando os amigos. Finish Him!. / PS3 e Xbox 360. Preço médio: R$ 199.
Testamos outras franquias clássicas de luta e suas novas versões para PS3 e Xbox 360.
King Of Fighters 13
A versão mais recente do jogo da japonesa SNK deixa bem a desejar. Para começar, a escolha dos personagens foi bem pobre dada a diversidade de lutadores que o jogo colecionou nas suas treze sequências. A parte boa são os bons gráficos em 2D, mas a história do modo campeonato é inexistente. E fica faltando também um oponente final de responsa. Decepção para quem se acostumou com apelações de Iori e cia. / PS3 e Xbox 360. Preço médio: R$ 285.
Super Street Fighter 4
Mesmo quem detesta jogos desse tipo conhece Street Fighter e seus famosos hadoukens. Esta nova versão do jogo tem uma jogabilidade muito boa e chama atenção pelos novos especiais que fogem da obviedade. Bom também pela gama de personagens que recupera nomes antigos como Vega, Balrog e Guile. Deixa a desejar os gráficos que criaram músculos inexistentes nos lutadores, desproporções e pernas gigantescas dando uma aparência monstruosa até para Chun-Li. / PS3 e Xbox360. Preço médio: R$ 199
Marvel Vs Capcom 3
A parceria com a Marvel fez bem à Capcom que juntou seus personagens de luta com outros clássicos como Megaman. Apostando no tom mais cartunesco e dinâmico, o jogo ainda se destaca por sua velocidade que deixa o jogador muitas vezes perdido no meio da ação. Só não consegue superar Mortal Kombat porque apesar de ainda divertir muito não trouxe muita inovação ao que já nos acostumamos a jogar desde o final dos anos 1990. / PS3 e Xbox 360. Preço médio: R$ 199.
