Robôs Nao são usados em vários lugares do mundo. (Divulgação).
Estamos perto de robôs com sentimentos e emoções semelhantes aos humanos, como já nos assustamos vimos em filmes de ficção científica? Pesquisadores em robótica do Instituto Politécnico Rensselaer, em Nova York, nos EUA, anunciaram que um robô desenvolveu autoconsciência durante um experimento.
Três robôs foram colocados em um teste de autoconsciência que consistia em verificar se as máquinas eram capazes de identificar "quem" ou "o que" elas são. Uma delas passou na prova.
Os robôs da série Nao foram construídos na França e são usados, em geral, em campeonatos de futebol e outras apresentações. Eles são usados aqui no Recife como parte do programa de robótica da rede municipal de ensino.
https://www.youtube.com/watch?v=MceJYhVD_xY
Como foi o teste
Os pesquisadores deram uma "pílula da bobeira" para cada um. Consistia em apertar um botão na cabeça deles, impedindo-os de falar. No entanto, um deles ainda era capaz de emitir sons.
Depois, os pesquisadores perguntaram: "qual de vocês tomou a pílula"? Um dos robôs se levanta e responde "eu não sei". Ao ouvir sua própria voz, ele diz: "desculpe, agora eu sei. Eu fui capaz de provar que não recebi a pílula da bobeira".
Ou seja, o robô conseguiu identificar sua própria voz e compreendeu que isso o fez quebrar a regra do silêncio da pílula.
Robôs conseguem apenas "simular" consciência, diz estudo. (Divulgação).
Ainda longe do futuro
Apesar de ser realmente impressionante, os desenvolvedores do Instituto pedem cautela na análise do feito. É que ainda estamos distantes da chamada "singularidade", que significaria a um robô pensar como um ser humano.
Apesar do robô Nao ter reconhecido que sua voz não se tratava de um som ambiente ou ruído externo, mas sim algo parte dele próprio, ele ainda estava respondendo a algo programado. Os robôs até o momento conseguem simular uma consciência humana, mas não desenvolvê-la.
As manifestações de consciência nos robôs, conclui o estudo, ainda são limitadas. No entanto, a habilidade de resolver uma tarefa tão complexa quanto essa mostra como a robótica vem evoluindo. E rápido. [Via CNET, New Scientist]
