Pressionada pela bandeira vermelha na conta de luz, inflação no Grande Recife tem alta de 0,76% em maio

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José Matheus Santos

Publicado em 10/06/2021 às 16:56
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a acelerar após dois meses seguidos de queda e registrou alta de 0,76% na Região Metropolitana do Recife. É o segundo maior percentual do ano, atrás apenas do 0,77% marcado em fevereiro. No entanto, a inflação do Grande Recife está abaixo da média nacional, de 0,83%, e foi a quinta menor entre as 16 localidades pesquisadas.

Os dados foram divulgados nesta quarta (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado de janeiro a maio, a Região Metropolitana teve inflação de 3,18%, também a quinta menor do país. O percentual está logo abaixo da média brasileira (3,22%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA do Grande Recife teve aumento de 8,36%, desta vez superior ao do Brasil (8,06%).


Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas um teve queda em maio: o de Vestuário (-0,26%). Por outro lado, o maior aumento foi verificado no segmento de Habitação (3,93%), impactado pelo reajuste na energia elétrica, com a adoção da bandeira tarifária vermelha. Já o segundo maior reajuste ocorreu nos Artigos de residência, com avanço de 1,66%.

As demais categorias de produtos e serviços tiveram elevações menos acentuadas, abaixo de 1%. Foi o caso de Saúde e cuidados pessoais (0,31%), Despesas pessoais (0,28%), Transportes (0,19%), Alimentação e bebidas (0,19%), Comunicação (0,11%) e Educação (0,11%). O setor de transportes, por outro lado, é o que mais pressiona a inflação tanto no acumulado do ano quanto no acumulado dos últimos 12 meses, acompanhado pelos Artigos de Residência e pela Habitação.

No IPCA de maio, o serviço com maior aumento foi o transporte por aplicativo, com aumento de 15,29%, seguido pela energia elétrica residencial, cuja alta foi de 11,93%. Os produtos para a pele estão em terceiro lugar (7,23%). Na sequência, estão dois alimentos: o fígado (6,61%) e o tomate (6,51%), que completam o ranking dos cinco produtos e serviços que mais aumentaram de preço no mês passado.


A redução mais expressiva nos preços de maio ocorreu nas passagens aéreas (-28,24%), o que ajudou a reduzir o impacto dos transportes na inflação do período. Em segundo lugar, está a cebola (-12,98%), além da melancia (-12,65%), da banana-prata (-10,45%) e da laranja-pêra (-8,18%).


IPCA NO BRASIL


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,83% em maio, 0,52 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de abril (0,31%). Foi o maior resultado para um mês de maio desde 1996 (1,22%). O acumulado no ano foi de 3,22%, e o dos últimos 12 meses, de 8,06%, acima dos 6,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2020, a taxa havia sido -0,38%.


Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em maio. O maior impacto (0,28 p.p.) e a maior variação (1,78%) vieram da Habitação, que acelerou em relação a abril (0,22%). A segunda maior contribuição (0,24 p.p.) veio dos Transportes, cujos preços subiram 1,15% em maio, após o recuarem 0,08% em abril. Na sequência, vieram Saúde e Cuidados Pessoais (0,76%) e Alimentação e bebidas (0,44%), com impactos de 0,10 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente. Já a segunda maior variação no mês foi de Artigos de residência (1,25%). Os demais grupos variaram entre 0,06% (Educação) e 0,92% (Vestuário).

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