Ex-prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque será candidato pelo PT em 2022 em Pernambuco

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José Matheus Santos

Publicado em 06/06/2021 às 8:48
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Ex-prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT) está alinhado com o partido para ser candidato a deputado estadual nas eleições de 2022.

Para estadual, devem disputar no PT, além de Luciano e da vereadora do Recife Liana Cirne, o ex-prefeito de Petrolina Odacy Amorim e o atual deputado estadual e presidente do PT em Pernambuco, Doriel Barros, que deverá tentar a reeleição.

No Parlamento Estadual, o PT tem atualmente três deputados: Doriel Barros, Dulcicleide Amorim e Teresa Leitão.

PT diz que prioridade é estratégia nacional

Em resolução aprovada neste domingo (30), o Diretório do PT de Pernambuco frisa que uma das prioridades do partido no âmbito local será a formação de chapas para as disputas de deputado federal e estadual.

"Não podemos errar na medida. Está em jogo nas próximas eleições o futuro do País e das próximas gerações. Por isso, constituímos o GTA estadual e como primeira tarefa aprovamos o objetivo de construirmos chapas fortes para deputados estaduais e federais. Nossa presença no Poder Legislativo é fundamental e nosso objetivo é termos uma chapa representativa nos segmentos, com presença de várias representações das regiões do Estado. Nossa meta é ampliar nossas bancadas na Câmara e na Assembleia Legislativa, pois ter uma representação forte no parlamento fortalece nossa luta permanente pela democracia e pela vida", afirma o partido.

O PT pernambucano também afirma que a estratégia para as próximas eleições será priorizar a orientação nacional. O partido deverá ter o ex-presidente Lula como candidato à Presidência da República no próximo ano.

"Pensando na responsabilidade e no compromisso definimos que a prioridade é seguir a orientação nacional, ou seja, por meio de nosso grande líder Lula. As conversas estão a pleno vapor e sabemos da importância de Pernambuco, pois em 2006 perdemos a grande oportunidade de governarmos nosso Estado. Naquele momento fomos penalizados, principalmente pela forma caluniosa que culminaram com acusações (hoje já dirimidas pelo Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a inocência do senador Humberto Costa, nosso candidato a governador naquela campanha eleitoral) e, mesmo após aquele processo, fomos decisivos para a vitória da Frente Popular de Pernambuco daquele momento", diz o PT de Pernambuco.

Para 2022, PSB e PT têm se reaproximado para a formação de uma possível aliança eleitoral. O PSB deverá ter Geraldo Julio, ex-prefeito do Recife e atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, como candidato a governador na sucessão de Paulo Câmara. O PT avalia que uma aliança com o PSB pode ser importante para o projeto presidencial de Lula e isso passa por uma coligação em Pernambuco.

"O PT de Pernambuco está pronto para defender a estratégia nacional. Iremos debater e deliberar dentro de nossas instâncias, dialogando e construindo com a Direção Nacional do Partido, de modo que o PT de Pernambuco seja protagonista e decisivo para a vitória da Frente Anti-Bolsonaro em Pernambuco, elegendo uma chapa majoritária comprometida com o projeto nacional, uma bancada federal e estadual sintonizadas com a transformação do Brasil e de Pernambuco, cujo objetivo central é derrotar Bolsonaro nas eleições de 2022", afirmam os petistas, sem menção direta ao PSB.

Atualmente, o PT não faz parte da base aliada do PSB, após a disputa tensa no segundo turno do Recife entre João Campos e Marília Arraes. Na segunda etapa da disputa pela Prefeitura, a campanha se acirrou entre os dois partidos, e o PSB, que largou atrás nas pesquisas de intenção de voto, fez inserções eleitorais no rádio e na televisão em alusão negativa a lideranças nacionais do PT, deixando de fora o ex-presidente Lula.

Sobre as manifestações do sábado no Recife, marcada pela ação de policiais militares de Pernambuco em repressão a manifestantes, o PT classificou a medida como "truculenta" e pediu "que se faça necessária a punição exemplar de todos os envolvidos nos atos de violência e intolerância da Polícia Militar de Pernambuco".

"É fundamental que o governo do Estado apure e noticie à sociedade o resultado da apuração, dos responsáveis pelos atos e das medidas adotadas para que se evitem situações similares no futuro", diz o PT.

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