Mesmo com restrições no comércio, vendas do varejo têm resultado positivo

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jamildo

Publicado em 17/05/2021 às 15:40
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Os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) referentes a março de 2021 foram significativos para Pernambuco.

Embora o volume de vendas do comércio varejista e do varejo ampliado no estado tenham registrado quedas de 6,8% e 7,1%, respectivamente, com relação a fevereiro deste ano, os resultados da comparação anual, tanto do mês de março quanto do primeiro trimestre de 2021, foram mais animadores.

Em março deste ano as vendas do comércio varejista cresceram 6,2% em relação a março do ano anterior. Com isso, a atividade encerrou o trimestre com crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2020. Esse desempenho foi influenciado pelas vendas de farmácias e lojas de artigos de pessoal e doméstico, cuja procura se elevou durante o período de restrições à mobilidade, que foram retomadas com mais rigor no estado a partir de 18 de março, em função da essencialidade dos produtos comercializados nesses segmentos.

Quando se consideram as vendas do varejo ampliado, que incluem o segmento automotivo e os materiais de construção, observou-se crescimento de 25,5% em março de 2021 com relação a março do ano passado. Esse foi o terceiro mês consecutivo de resultados positivos em Pernambuco, na comparação anual, e com percentuais ascendentes (em janeiro e fevereiro, o varejo ampliado cresceu 1,4% e 9,4%, respectivamente).

No acumulado do primeiro trimestre, o varejo ampliado cresceu 11,3% em relação ao mesmo período de 2020 – resultado que é muito superior ao do Brasil (1,4%) e dos estados da Bahia e do Ceará, que ainda registram desempenho negativo (-0,7% e -0,3%) nesse início de ano.

Entre os segmentos que compõem o varejo tradicional, destacaram-se positivamente no primeiro trimestre as vendas de ‘farmácias e perfumarias’ e de ‘artigos de uso pessoal e doméstico’. Esses segmentos juntam-se ao de ‘veículos, motocicletas, partes e peças’ e de ‘materiais de construção’ como os únicos a registrar crescimento das vendas no primeiro trimestre.

Embora também seja considerado essencial, o segmento de hipermercados e supermercados, além da venda de produtos alimentícios e de bebidas em geral, vem sendo fortemente impactado pela retração no consumo devido à elevação dos preços desde o início da pandemia.

Os demais segmentos do varejo tradicional, por sua vez, além das restrições ocorridas no funcionamento do comércio, vêm sofrendo forte retração com a queda no nível de renda e persistente grau de endividamento das famílias pernambucanas. Por esses motivos, as vendas de tecidos, vestuários e calçados, livrarias e papelarias, móveis e eletrodomésticos e equipamentos informática, comunicação e de escritório registram grandes quedas no primeiro trimestre de 2021.

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