'Aumento salarial de até 69% a ministros reforça degradação do Estado pelo governo federal', diz Fenafisco

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jamildo

Publicado em 13/05/2021 às 20:37
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O deputado federal Túlio Gadêlha apresenta decreto legislativo para barrar aumento salarial de Bolsonaro e ministros. 'É imoral', disse.

Pois bem.

Veja a nota da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital - Fenafisco

A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) deplora o artifício de que se serviu o ministério da Economia para afrouxar as regras do teto salarial do funcionalismo público, em benefício de reservistas - entre os quais os atuais presidente e vice-presidente da República - e alguns servidores públicos aposentados, que serão contemplados com aumentos salariais de até 69% acima do teto.

O aumento seletivo autorizado pelo presidente da República, que dele se beneficiou, bem como a revelação - pelo jornal O Estado de São Paulo - de um orçamento paralelo na ordem de R$ 3 bilhões destinados à "compra" de apoio parlamentar, demonstram a completa falta de sensibilidade para com as reais prioridades do país e a preocupação exclusiva com a satisfação de interesses pessoais que orientam a conduta do governo federal.

Como se não bastasse, a PEC 32, erroneamente chamada de reforma administrativa, uma vez que, ao contrário de melhorar e modernizar os serviços públicos, resultará no seu completo desmonte, caso aprovada, deixando o país ainda mais suscetível à corrupção e à mercê da política fisiológica.

Enquanto os servidores públicos estão com seus vencimentos congelados, o governo libera aumento salarial para sua casta e lança mão do pouco que resta do orçamento de um país em crise para "comprar" votos para aprovar medidas de penalização da população.

O governo degrada órgãos fundamentais do Estado, privilegia interesses, práticas não-republicanas, e deixa o país à deriva em meio à mais grave crise sanitária dos últimos 100 anos.

 

 

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