9 em cada 10 brasileiros consideram grave situação da pandemia de covid no Brasil

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jamildo

Publicado em 03/05/2021 às 13:16
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A situação da pandemia do coronavírus no Brasil é considerada grave ou muito grave para 89% dos brasileiros.

Há um ano, eram 80%. Esse aumento de nove pontos percentuais é significativo e mostra que a segunda onda da Covid-19 teve um impacto maior na população, no isolamento social e no medo da doença.

De acordo com a segunda etapa da pesquisa “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB, apenas 4% da população afirmam que a situação é nada grave.

Foram entrevistadas 2.010 pessoas entre 16 e 20 de abril.

A piora na percepção ocorreu, entre outros fatores, devido à proximidade da população com pessoas que morreram em decorrência do coronavírus.

A pesquisa mostra que 3 em cada 4 pessoas perderam alguém.

Entre eles, mais da metade perdeu amigos, 25% se despediram de parentes e 15% tiveram colegas de trabalho mortos pela Covid-19.

“Enquanto não houver uma vacinação em massa, a pandemia será motivo de grande preocupação para a população e continuará afetando o funcionamento das empresas, dificultando a esperada retomada da economia”, afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

A pesquisa mostra que as mulheres estão mais preocupadas.

Para 93% delas, a situação é grave ou gravíssima. Esse percentual entre os homens é de 85%.

Também há diferença entre as regiões e as faixas etárias. Ao todo, 86% da população entre 25 e 40 anos consideram a pandemia grave.

Essa percepção sobe para 92% na parcela da população com mais de 60 anos.

No Norte e Centro-Oeste, 85% veem a situação como grave e 8% acreditam que é pouco ou nada grave.

No Sudeste, 92% avaliam a situação do Covid-19 no Brasil, como grave ou gravíssima. E 3%, como pouco ou nada grade.

Mais da metade da população relata ter muito medo da pandemia

Segundo a pesquisa da CNI, 56% da população afirmam ter um medo grande ou muito grande da pandemia. Apenas 3% não tem nenhum medo.

Na divisão por sexo, 63% das mulheres afirmam ter um medo grande ou muito grande. Entre os homens, esse percentual cai para 49%.

Desta forma, 44% da população acreditam que o número de casos e mortes provocados pela pandemia de coronavírus vai aumentar ou aumentar muito nos próximos dois meses.

A principal diferença está na idade. 53% da população de 16 a 24 anos acreditam que a contaminação vai piorar, 48% das pessoas entre 25 a 40 anos fazem a mesma avaliação, 40% da população entre 41 e 59 anos acham que o número de casos e mortes deve aumentar e 34% das pessoas com mais de 60 anos têm essa percepção.

Robson Braga de Andrade, em recente encontro com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, colocou as estruturas do SESI e do SENAI à disposição do governo para ajudar a acelerar o processo de vacinação.

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