Economistas acreditam que programa de manutenção do emprego deve reduzir gravidade do cenário

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jamildo

Publicado em 01/05/2021 às 10:32
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Na véspera do Dia do Trabalho, a ‘LiveJR’ desta sexta-feira (30) trouxe dois especialistas para discutir o desemprego e o futuro da empregabilidade no Brasil com a crise da pandemia. Os professores da Faculdade de Economia da USP, Hélio Zylberstajn e José Pastore, foram entrevistados no Jornal da Record.

No ano de 2019, a taxa de desemprego no Brasil era de 11,9%. Um ano depois essa porcentagem subiu 1,6% atingindo 13,5%.

Hoje, esse índice está ainda pior, totalizando 14,5% da população sem emprego no país, em outras palavras, isso significa mais de 14 milhões e 400 mil de pessoas desocupadas.

Pastores afirmou que, no início da pandemia, em 2020, a taxa de desemprego registrava um dos piores índices desde 2012. Muitos economistas acreditavam que este quadro poderia melhorar neste ano, mas não foi o que aconteceu.

"Aconteceu o contrário, né? O vírus está mais bravo, mais letal. Como resultado, muitas empresas são obrigadas a fechar as portas, outras a diminuir o expediente e trabalhar em horários muito reduzidos. Tem também os trabalhadores informais, a grande maioria depende do contato pessoal, coisa que não temos mais. São pessoas que perderam a oportunidade de trabalhar. Tudo isso faz com que a atual situação de desemprego tenha se agravado bastante."

De acordo com Zylberstajn, essa medida pode ser muito importante para manter os atuais empregos da população e diminuir gradativamente a taxa de desemprego.

"É um Programa super bem-sucedido. São várias medidas que as empresas podem tomar, unilateralmente ou coletivamente, negociando com os sindicatos. A grande maioria fez acordos individuais, o que significa uma inovação importante. Isso pode voltar a beneficiar o mercado de trabalho daqui para frente."

Os especialistas também destacaram a importância da vacinação contra o Coronavírus para melhorar o cenário do emprego, impactado pela necessidade de isolamento social.

O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, criado no ano passado, voltou a valer desde a última quarta-feira (28).

O Programa é composto por três medidas: o pagamento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda; a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e a suspensão temporária do contrato de trabalho.

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