'CaboPrev perdeu mais de R$ 56 milhões dos R$ 92 milhões investidos por Lula Cabral', diz Keko do Armazém

Imagem do autor
Cadastrado por

jamildo

Publicado em 30/04/2021 às 18:41
X

A Secretaria de Comunicação Social do Cabo de Santo Agostinho divulgou nesta sexta uma nota oficial acusando a gestão passada de prejuízos ao fundo de previdência dos servidores da cidade.

De acordo com a nova gestão, a nota é uma resposta ao antecessor. A gestão atual diz que, em entrevistas recentes postadas nas redes sociais, o ex-prefeito diz que não tinha ingerência sobre a autarquia. "Apesar do prejuízo, o ex-prefeito foi à imprensa para dizer que a sua gestão não causou danos, já que os aposentados do município recebem em dia", sublinha o atual gestor.

Veja os termos da gestão Keko do Armazém abaixo.

"A antiga gestão da CaboPrev sofreu ingerência política que hoje gera prejuízos superiores a R$ 56 milhões ao fundo municipal. Atualmente, a gestão dos recursos dos aposentados do Cabo de Santo Agostinho segue as normas e as melhores práticas de finanças, um quadro diferente daquele apontado pela antiga presidente da entidade, Célia Verônica. Em depoimento à Justiça Federal, onde respondeu pela gestão temerária do fundo de aposentadoria do município, a ex-presidente da CaboPrev confessa, aos prantos, que sofreu pressão para investir os recursos do fundo municipal numa empresa indicada pelo então prefeito do município, Lula Cabral.

Em entrevistas recentes postadas nas redes sociais, o ex-prefeito diz que não tinha ingerência sobre a autarquia. No entanto, ele foi responsabilizado pela gestão temerária, o que lhe rendeu três meses de cadeia e processos que responde até hoje. Foram mais de R$ 92 milhões dos aposentados do município aplicados, a mando dele, em fundos de alto risco da gestora Terranova. Recursos que atualmente geram prejuízos de mais de R$ 56 milhões ao erário público. Investimento que foi feito sem alertar os aposentados sobre os riscos que estariam correndo nesse tipo de aplicação. Fundos de aposentadoria, como é o caso da CaboPrev, têm regras de gestão que visam reduzir os riscos para gerar rendimentos ao longo de décadas. Normas que foram ignoradas pelo antigo gestor.

É válido salientar que o prejuízo só não foi maior pela diligência da equipe da Caixa Econômica Federal (CEF), administradora dos recursos da CaboPrev. Á época em que a gestão de Lula Cabral realizou a gestão temerária, sua intenção era retirar todos os recursos da mão do banco federal para aplicar em produtos da gestora Terranova, empresa indicada por ele. Seriam mais de R$ 184 milhões desviados para o risco, longe das boas práticas financeiras. O esforço do banco, no entanto, não conseguiu salvar metade desses recursos, pois R$ 92 milhões foram aplicados na jogatina do mercado financeiro. Para se ter uma ideia do que isso representa, desse total, só restaram hoje R$ 33 milhões. Mais de R$ 56 milhões viraram pó, um prejuízo de mais de 60%.

Apesar do prejuízo, o ex-prefeito foi à imprensa para dizer que a sua gestão não causou danos, já que os aposentados do município recebem em dia. A bem da verdade, os aposentados do Cabo recebem sem atraso porque a atual gestão cuida das contas e, mensalmente, completa com R$ 6 milhões os recursos que faltam para pagar seus benefícios, além da contrapartida patronal das contribuições previdenciárias.

Todo esse dinheiro vem do bolso de cada cidadão do município do Cabo, que cumpre com suas obrigações ao pagar os tributos. Por isso, é importante salientar que as boas práticas de gestão de recursos são uma grande responsabilidade e que a prudência, e não a irresponsabilidade, deve guiar as decisões que afetam a todos os cidadãos, sejam servidores, aposentados ou moradores da cidade."

Tags

Autor