Humberto Costa é indicado pelo PT para a CPI da Covid-19 no Senado

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José Matheus Santos

Publicado em 14/04/2021 às 7:46
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Ex-ministro da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE) foi indicado pelo bloco PT/Pros como titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada no Senado para investigar ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia de Covid-19 no Brasil.

O colegiado, que teve o requerimento lido na noite desta terça-feira (13), após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), contará com 11 membros efetivos e sete suplentes.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro atacou o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que determinou a instalação da comissão, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que a propôs. Os aliados do governo no Senado tentaram, ainda, viabilizar a ampliação da investigação a governadores e prefeitos.

A manobra foi vista pela oposição "como uma tentativa de conturbar o ambiente e prejudicar os trabalhos". Ao final, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu pela instalação de uma só comissão, com a juntada da proposta da outra, limitando a atuação à investigação de recursos federais enviados a estados e municípios.

A avaliação da Secretaria Geral da Mesa Diretora do Senado é que a investigação de governadores e prefeitos deve ser feita eventualmente por Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.

Para o senador Humberto Costa, há um claro temor do governo em relação aos trabalhos da CPI. "Bolsonaro agiu deliberadamente para asfixiar a comissão, para inviabilizá-la, para criar o caos. Não conseguiu. Foi derrotado. E, agora, vamos dar início aos trabalhos da comissão para buscar os responsáveis por uma tragédia que já levou a vida de mais de 355 mil brasileiros em pouco mais de um ano", afirmou o parlamentar.

Humberto disse ainda que o governo Bolsonaro "vai ter de responder por que agiu diretamente para impedir o isolamento social, para vender remédios "milagrosos" contra uma doença para a qual não há tratamento preventivo e por que se recusou, reiteradas vezes, a comprar vacinas, o que levou o Brasil a responder, atualmente, por um quarto das mortes por Covid-19 em todo o mundo".

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