Região Metropolitana do Recife tem a menor inflação do país em março, aponta IBGE

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José Matheus Santos

Publicado em 10/04/2021 às 8:28
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,62% na Região Metropolitana do Recife em março, desacelerando em comparação a fevereiro, quando o indicador variou 0,77%.

Com o resultado, o Grande Recife apresentou a menor inflação entre as 16 localidades pesquisadas, enquanto a média nacional foi de 0,93%.

Os dados foram divulgados nesta sexta (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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No acumulado do primeiro trimestre do ano, a RMR teve inflação de 1,91%, a quarta menor do país, à frente apenas de São Luís (1,84%), São Paulo (1,83%) e Rio de Janeiro (1,35%). O percentual também foi ligeiramente inferior à média brasileira (2,05%). Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA do Grande Recife teve aumento de 6,62%, superior ao do Brasil (6,10%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em março. Pelo segundo mês consecutivo, a categoria que mais pressionou a inflação foram os Transportes, com aumento de 2,99% no mês passado e 6,46% no acumulado do ano. “Dentro deste segmento, a maior alta foi verificada nos combustíveis, refletindo o aumento de preços do etanol (14,29%), do óleo diesel (8,57%) e da gasolina (7,42%)”, aponta a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.

O segundo maior reajuste ocorreu no grupo de Artigos de residência, cujo reajuste foi de 0,67%. Na sequência, está o segmento de Alimentação e bebidas, com avanço de 0,29%, Educação (0,16%) e Despesas pessoais (0,1%). Dos quatro grupos que apresentaram índices negativos, Saúde e cuidados pessoais, juntamente com Habitação, tiveram o mesmo percentual (-0,08%), seguidos pela Comunicação (-0,14%). A maior queda foi registrada no setor de Vestuário (-0,37%).

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O produto que mais aumentou de preço no Grande Recife entre fevereiro e março foi o etanol, seguido pela macaxeira (13,67%), melancia (11,79%) e alho (11,75%). As frutas apresentaram alta de 1,18% e as carnes, de 1,45% no período.

Ainda assim, de acordo com Fernanda Estelita, o grupo de Alimentação e bebidas - que tem o maior peso no IPCA - mostrou uma retração de preço em itens importantes na cesta de consumo das famílias. “O preço do óleo de soja caiu 7,97%, o do arroz, 3,86% e o do feijão-mulatinho, 2,09%. Os tubérculos, raízes e legumes tiveram retração de 5,39%, influenciados principalmente pela queda nos preços do tomate, de 21,03%, e da batata inglesa, com 15,92%. Esses foram os dois produtos com maior redução de preço no mês”, afirma a gerente.

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