Polícia Civil faz buscas e apreensões em operação contra suspeitos de corrupção por determinação da Justiça de Paulista, no Grande Recife

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José Matheus Santos

Publicado em 06/04/2021 às 7:42
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Atualizada às 11:56h de 06/04/2021

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta terça-feira, (06), a Operação Beira Rio, para identificar e desarticular uma suposta organização criminosa suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e apropriação indébita.

São cumpridos cinco mandados de busca e apreensão domiciliar e sequestro de valores de contas bancárias investigadas. As medidas foram determinadas pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulista.

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Os mandados foram cumpridos nas cidades de Recife, Olinda e Paulista. Os nomes dos alvos não foram divulgados.

"As investigações tiveram início em agosto de 2019, após Requisição da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Paulista-PE, no intuito de apurar possíveis crimes de falsificação de documentos públicos, fraude em licitação, apropriação indébita, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, supostamente praticados por um empresário e ex-servidores da Prefeitura do Paulista. Os fatos fazem referência a uma licitação para concessão de área pública, localizada à beira do rio da Praia de Maria Farinha, cujo objeto principal era a implantação de uma Marina", afirmou a Polícia Civil.

"As investigações apontam fortes indícios que a Licitação foi direcionada, com a ingerência direta do Prefeito da época (Júnior Matuto, do PSB), para favorecer o empresário investigado, vindo este fazer uso de documentos falsos no Processo Licitatório, com o conhecimento e a conivência, na época, de servidores públicos da própria Prefeitura, bem como há indícios que o empresário investigado, que é o responsável pela marina, vem se apropriando dos valores das taxas que seriam destinadas ao Município do Paulista, pelo uso da área concedida", acrescentou a Polícia.

A operação é vinculada à Diretoria Integrada Especializada (DIRESP), sob a presidência do delegado Diego Pinheiro, titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção, que faz parte do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO).

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40 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, participam da execução das determinações judiciais.

Segundo a Polícia Civil, as investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da corporação (DINTEL) e contou ainda com o apoio do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE/PE) e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

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