17 deputados estaduais assinam requerimento para colocar igrejas como atividade essencial durante quarentena em Pernambuco

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José Matheus Santos

Publicado em 17/03/2021 às 11:41
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17 deputados estaduais de Pernambuco assinaram um requerimento em que pedem urgência (celeridade) na tramitação do projeto de lei que pretende incluir atividades religiosas como atividades essenciais no estado.

Igrejas e templos não poderão abrir presencialmente durante a quarentena de 11 dias, entre 18 e 28 de março, em Pernambuco, por causa do agravamento da pandemia de covid-19.

As atividades religiosas funcionam até esta quarta-feira (17) com limite de horário. Desde o dia 03 de março até esta quarta, as igrejas e os templos podem abrir, exceto entre 20h e 5h de segunda a sexta. Nos dois últimos finais de semana, as celebrações apenas poderiam acontecer via internet.

Com a quarentena, a partir desta quinta (18) e até o dia 28, a restrição será mais dura a atividades não essenciais.

O movimento de parte dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa ocorre uma semana após o plenário da Casa derrubar um parecer do deputado João Paulo (PCdoB) e aprovado na Comissão de Legislação e Justiça que defendia a inconstitucionalidade da inclusão das igrejas como atividades essenciais.

Com o parecer barrado no plenário, a tramitação retornou a comissões temáticas da Alepe e foi retardada.

O pedido de requerimento enviado à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa inclui assinaturas de integrantes da oposição e também da base do governo.

Assinam o requerimento, além do autor do projeto para as igrejas serem atividades essenciais, Cleiton Collins (PP), os deputados Erick Lessa (PP), Joel da Harpa (PP), Adalto Santos (PSB), Aglailson Victor (PSB), Alberto Feitosa (PSC), Alessandra Vieira (PSDB), Álvaro Porto (PTB), Antonio Coelho (DEM), Antônio Fernando (PSC), Clodoaldo Magalhães (PSB), Clovis Paiva (PP), Dulcicleide Amorim (PT), Fabíola Cabral (PP), Fabrizio Ferraz (PP), Gleide Ângelo (PSB) e Guilherme Uchôa Júnior (PSC).

Dos 17 que assinaram, 11 são da base de Paulo Câmara, cinco são da oposição e uma deputada da bancada independente, a petista Dulcicleide Amorim.

Além de dissidências no PSB, partido do próprio governador Paulo Câmara, nos bastidores da Assembleia Legislativa, sabe-se que o PP, segunda maior bancada da Casa com 11 deputados, está fechado a favor das igrejas serem atividades essenciais.

Caso o projeto vá à votação no plenário e eventualmente seja aprovado, a proposta segue para sanção do governador Paulo Câmara (PSB).

Foto: Reprodução

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