52% dos brasileiros são a favor do lockdown nacional para controlar a pandemia do coronavírus, aponta pesquisa

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José Matheus Santos

Publicado em 15/03/2021 às 15:23
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Pesquisa Exame/Ideia divulgada na sexta-feira (12) mostra que 53% dos brasileiros são a favor do lockdown no país. Neste cenário, 22% são contrários, 19% nem a favor nem contra e 6% não sabem.

Com o Brasil no momento mais delicado de toda pandemia, o atendimento de saúde entrou em colapso em grande parte das capitais. Para diminuir a rápida transmissão do vírus, governos estaduais e municipais adotam medidas mais restritivas de circulação. 

O lockdown (bloqueio total) consiste no fechamento de comércios e atividades durante um período determinado.

“A maioria da população aprova o lockdown [53%]. Esse número é reflexo do delicado momento de saúde pública que o país atravessa. Na Europa, por exemplo, essa aprovação passa dos 66%. No Brasil, os segmentos mais favoráveis são os mais velhos, o Norte e faixas mais altas de renda e escolaridade. Além disso, há uma correlação positiva entre avaliar o governo ruim/péssimo e ser a favor do lockdown”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública.

Trabalho

O estado de São Paulo, por exemplo, entrou em nova fase da quarentena nesta segunda-feira (15). Por fechar setores da economia, brasileiros se preocupam com a duração desse lockdown. Sobre isso, o estudo questionou como a medida afeta o trabalho.

Entre os entrevistados, 26% afirmam que nada deve mudar e 23% dizem que são autônomos e que o lockdown reduz a demanda pelos serviços ou produtos que oferecem. 13% acreditam que correm o risco de serem demitidos e outros 13% continuarão trabalhando, mas sua jornada de trabalho será reduzida, o que resultaria em um impacto na renda.

Entre os jovens o medo da demissão se instaura, 39% temem ser demitidos ou ter redução de renda por causa de lockdown nas regiões onde vivem. Já 82% dos que têm renda até um salário-mínimo esperam que o auxílio emergencial volte a ser pago em março.

O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre os dias 8 e 10 de março. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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