Empresários alertam para a necessidade de vacinação das tripulações dos navios que abastecem Fernando de Noronha

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José Matheus Santos

Publicado em 13/03/2021 às 8:04
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Empresários do setor de transporte marítimo fizeram um alerta para a necessidade de urgência na vacinação das tripulações dos navios que transportam cargas para Fernando de Noronha. Eles observam que há alto risco de desabastecimento de alimentos e combustíveis em caso de contaminação das tripulações pelo novo coronavírus.

Os empresários dizem que, se for constatado apenas um caso de contaminação no navio, as autoridades sanitárias determinam que todo o pessoal de bordo deve ficar em quarentena por 14 dias deixando. Ou seja, a embarcação ficaria fora de operação.

Na avaliação do setor, nos navios que transportam combustíveis para geração de energia e abastecimento dos veículos, a tripulação é formada por pessoal especializado, o que pode dificultar a substituição dos profissionais. Segundo os empresários, esse pessoal de bordo, em geral, não é facilmente encontrado no mercado.

Levantamentos de empresas marítimas indicaram que cerca de 90% das mercadorias que abastecem Noronha são transportadas por via marítima, enquanto os 10% restantes chegam ao local por avião.  Ao todo, são 10 embarcações de pequeno e médio portes com uma média de seis tripulantes cada uma, o que totaliza aproximadamente 60 pessoas a serem vacinadas.

Para o empresário Manoel Ferreira, da Agemar Infraestrutura e Logística, empresa que transporta óleo diesel e gasolina para o arquipélago, a situação é preocupante. Segundo ele, caso haja uma necessidade de paralisação das operações de transporte de combustíveis devido à contaminação pelo coronavírus, haverá risco de colapso na geração de energia para os moradores de Fernando de Noronha.

Para o empresário José Maria Sultanum, que é proprietário de uma embarcação que transporta mercadorias para Noronha, a imunização é também é muito importante porque as tripulações estão em contato constante com a população do arquopélago. “É uma questão de segurança não só dos tripulantes, mas também para os moradores”, afirma.

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