Com alta da covid-19, sindicato dos educadores pede suspensão das aulas presenciais nas escolas de ensino médio da rede estadual em Pernambuco

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José Matheus Santos

Publicado em 02/03/2021 às 8:32
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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) pediu, nesta segunda-feira (1º), suspensão imediata das aulas presenciais nas escolas de Ensino Médio da rede estadual do Estado.

Entre as escolas públicas, apenas as de ensino médio estão com aulas presenciais em Pernambuco. A rede privada pode funcionar normalmente desde o ensino infantil até o médio.

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O pedido do Sintepe ocorre em meio à nova escalada da covid-19 em Pernambuco, que levou o governo do Estado a ampliar as restrições a serviços não essenciais a partir desta quarta-feira (3) e o fechamento dessas atividades e de parques, praias e clubes sociais nos finais de semana.

"Para nosso espanto, o Governador de Pernambuco Paulo Câmara, ao mesmo tempo em que admite 93% dos leitos de UTI ocupados, não incluiu as aulas na rede estadual de ensino como atividades que deveriam ser interrompidas. Se "precisamos reduzir o contato social", como diz o governador, é imperativo interromper as atividades presenciais na educação como forma de reduzir contágios, internamentos e mortes", diz trecho da nota do Sintepe.

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"Agora, diversos órgãos do estado, do Judiciário, têm interrompido suas atividades por conta do pré-colapso vivenciado nos hospitais da rede pública e particular. Os Secretários Estaduais de Saúde, em nota conjunta, chamaram o atual quadro de "pior momento da crise sanitária provocada pela COVID-19". O que o Governo de Pernambuco está esperando? Mais contaminação?", indagam os educadores.

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Veja a íntegra da nota do Sintepe:

A PANDEMIA PIOROU E AMEAÇA VIDAS NA EDUCAÇÃO

Diante do cenário de calamidade da pandemia da COVID-19, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) exige novamente a interrupção imediata das atividades presenciais em toda rede estadual de ensino, nas escolas de Ensino Médio e demais locais de trabalho.

Para nosso espanto, o Governador de Pernambuco Paulo Câmara, ao mesmo tempo em que admite 93% dos leitos de UTI ocupados, não incluiu as aulas na rede estadual de ensino como atividades que deveriam ser interrompidas. Se "precisamos reduzir o contato social", como diz o governador, é imperativo interromper as atividades presenciais na educação como forma de reduzir contágios, internamentos e mortes.

Essa é uma luta da nossa categoria desde outubro de 2020. Na Justiça, o governo conseguiu manter as atividades presenciais e o Sintepe foi multado por lutar pela vida. Desde então, denunciamos os recorrentes casos de contaminação e os alarmantes índices da COVID-19 em nosso estado. Temos uma ação tramitando no Tribunal de Justiça de Pernambuco, detalhando nossos motivos em defesa da vida e contra as atividades presenciais.

Agora, diversos órgãos do estado, do Judiciário, têm interrompido suas atividades por conta do pré-colapso vivenciado nos hospitais da rede pública e particular. Os Secretários Estaduais de Saúde, em nota conjunta, chamaram o atual quadro de "pior momento da crise sanitária provocada pela COVID-19". O que o Governo de Pernambuco está esperando? Mais contaminação?

O Sintepe vem mais uma vez exigir a interrupção das atividades presenciais em toda a rede estadual, portanto continua na luta em defesa da vida dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, dos estudantes e de toda comunidade escolar.

A DIREÇÃO

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