Sem acordo, PEC da Impunidade é derrotada na Câmara do Deputados

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jamildo

Publicado em 26/02/2021 às 17:05
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP de Alagoas, enfrentou sua primeira derrota no comando da Câmara dos Deputados, ao ter que desistir da Pec da Impunidade, que buscava dar uma resposta ao STF, que mandou prender o deputado Daniel Silveira, do PSL do Rio de Janeiro, depois de defender surra em ministros do STF e a volta do AI5.

Diante do recuo, sem acordo com os partidos de oposição e com desgaste perante à opinião pública, o presidente Lira anunciou a criação de uma comissão especial para debater o tema das prerrogativas. Uma das principais críticas foi justamente à discussão de afogadilho, para tentar dar uma resposta ao STF. O desfecho também representou uma derrota para os aliados do presidente Bolsonaro, que defendiam a aprovação da PEC nesta tarde. O tucano Aécio Neves também votava pela aprovação.

A sessão durou quase três horas, sem sucesso.

"Infelizmente perdemos o dia de hoje debatendo imunidade/impunidade parlamentar. Enquanto isso, ontem o Brasil teve o pior dia desde o início da pandemia: 1.582 mortos. Inacreditável", comentou Tulio Gadelha, do PDT.

Lira disse que não tem impunidade e nem blindagem e que o projeto não nasceu da mesa diretora. "As críticas à PEC foram feitas não ao mérito da matéria, mas à forma. Mas a forma foi combinada", afirmou.

"Que país é este? Numa pandemia,c/urgências, é uma afronta aos brasileiros perder tempo c/ uma proposta corporativista!", disse Joyce Hasselmann.

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