Humberto Costa assume presidência da comissão de Direitos Humanos, e PT amplia espaços no Senado

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José Matheus Santos

Publicado em 23/02/2021 às 11:37
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O senador Humberto Costa (PT-PE) assume, nesta terça-feira (23), a presidência da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.

A nova posição de Humberto se dá na esteira da aliança firmada com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na eleição para a presidência da Casa.

A ocupação da presidência da comissão pelo PT se deu em acordo entre as legendas partidárias.

Além da comissão de Direitos Humanos, o partido assumirá o comando da Comissão de Meio Ambiente, com o senador Jaques Wagner (PT-BA).

Os dois temas, Direitos Humanos e Meio Ambiente, geram críticas de especialistas sobre a atuação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) nas áreas.

Nos bastidores, a ocupação da presidência dessas comissões nas mãos dos petistas liga o alerta para o governo, inclusive para os ministros das áreas, Damares Alves e Ricardo Salles, respectivamente.

Espaços petistas

A bancada do PT tem seis parlamentares no Senado. Além das presidências das duas comissões, o partido ocupa da Terceira-Secretaria da Mesa Diretora da Casa, com o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

O PT não ocupou vagas na titularidade da Mesa Diretora no biênio 2019/2020. Para os anos de 2021 e 2022, o partido retoma posições na Mesa.

O senador Paulo Rocha, por sua vez, será o líder da bancada do PT na Casa, após escolha entre os pares. Também são senadores petistas Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, e Jean Paul Prates (RN).

O PT deverá assumir também este ano a liderança da oposição no Senado. Desde 2019, a função é exercida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Olho em 2022

Dos seis senadores do PT, quatro têm mandatos garantidos até 2026, ou seja, não disputarão a renovação de mandatos no próximo ano. São eles: Humberto Costa (PE), Jaques Wagner (BA), Rogério Carvalho (SE) e Paulo Paim (RS).

Paulo Rocha (PA) deverá tentar a reeleição, enquanto Jean Paul Prates (RN) não deverá disputar um novo mandato para o Senado em 2022 por causa de alianças do PT com outros partidos no Rio Grande do Norte. O partido terá Fátima Bezerra como candidata à reeleição, e a vaga para o Senado é mais cotada para partido aliado na chapa.

Apesar de terem mandatos garantidos até 2026, Jaques Wagner e Humberto Costa deverão disputar os governos da Bahia e de Pernambuco, respectivamente.

No caso de Wagner, isso é dado quase como certo entre os petistas, pois ele foi governador da Bahia de 2007 a 2014 e deve disputar a sucessão do aliado Rui Costa, que governa a Bahia desde 2015. O mais forte adversário de Jaques Wagner deverá ser o ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto.

No caso de Humberto Costa, a possibilidade existe nos bastidores do PT. O que deverá definir é, além da disposição do senador, a necessidade do partido ter um palanque em Pernambuco para apoiar a candidatura presidencial do ex-ministro Fernando Haddad ou, caso recupere os direitos políticos, do ex-presidente Lula.

O PT Nacional ainda não descarta um retorno de uma aliança com o PSB, que terá o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio como candidato a governador, com apoio do atual chefe do Executivo estadual, Paulo Câmara.

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