'Se não fosse o governo Bolsonaro, Pernambuco teria quebrado na pandemia', diz Fernando Bezerra Coelho

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José Matheus Santos

Publicado em 22/02/2021 às 9:40
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O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Senado, disse, nesta segunda-feira (22), em entrevista à Rádio Jornal, que o estado de Pernambuco teria quebrado se não fosse o envio de verbas pelo governo federal na pandemia de covid-19.

"Se não fosse o governo Bolsonaro, Pernambuco estava comendo o pão que o diabo amassou. O estado está desorganizado, o nível de investimento é muito baixo, só não quebrou porque o Congresso Nacional se sensibilizou e enviou recursos para combater a pandemia, para Pernambuco foram mais de R$ 3,6 bilhões para a saúde, para a concentração de FPS, para apoio à saúde, portanto, o governo federal tem sido solidário aos entes federativos", diz FBC.

O senador faz parte da oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) no estado. Nas eleições de 2022, Fernando Bezerra Coelho, eleito em 2014 com o PSB na chapa do atual gestor estadual, deverá tentar a reeleição pelo campo da oposição.

Questionado se a ala radical de apoiadores do governo Bolsonaro atrapalha o andamento da agenda econômica ao defender a pauta de costumes, o senador disse que concorda com a avaliação.

"Os radicais de Lula e de Dilma também atrapalhavam o governo do PT, cada um tem seus radicais de estimação. É importante estar focado na agenda do país, no retorno do auxilio emergencial, no ambiente de reformas, para gerar confiança e a volta de investimentos", afirmou Bezerra Coelho.

"Tem matérias na área de costumes que são importantes, o homeschooling (educação domiciliar), por exemplo, eu tenho propostas sobre esse assunto, é uma matéria que devera ter a oportunidade de ser votada ainda neste semestre", acrescentou o senador.

Armas

Fernando Bezerra Coelho ainda saiu em defesa do governo Bolsonaro ao classificar como um "exagero" a fala de Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública, que classificou o decreto das armas, editado pelo presidente Jair Bolsonaro com flexibilizações para acesso a armas, como estímulo a uma guerra civil no Brasil.

"Acho exagero do ministro Jungmann dizer que está se estimulando uma guerra civil, é preciso lembrar que, quando essa matéria foi a plebiscito, a população votou pelo armamento. O fato de ter uma arma não quer dizer que vai ter guerra civil, agora, acho que tem que ter controle, fiscalização, uma coisa é posse, na sua casa, no seu estabelecimento, e a outra é ter o porte, sair com arma no meio da rua. O presidente (Jair Bolsonaro) foi eleito com essa bandeira. Tenho o maior respeito pelo ministro Jungmann, tem posições equilibradas, mas essa é um exagero, esse é o radicalismo que o Brasil não precisa", disse FBC.

Aumento da gasolina

Sobre o aumento nos preços dos combustíveis, entre eles a gasolina, Fernando Bezerra defendeu uma nova forma na política de preços da Petrobras que não deixe o Brasil na dependência de fatores internacionais. Um dos motivos para o novo aumento determinado pela empresa no preço da gasolina na semana passada foi a nevasca que atingiu o estado do Texas, nos Estados Unidos.

"Está se pegando o episódio da Petrobras e se achando que o governo está indo para um caminho inconsequente da irresponsabilidade fiscal. Mas pergunta se tem alguém satisfeito com o aumento de 30% de preços no valor da gasolina. E esse problema é na política de preços da Petrobras e tivemos com Dilma, com Temer, com vários presidentes", afirmou Bezerra Coelho, em alusão à interferência de Bolsonaro na Petrobras ao indicar um novo presidente para a empresa de capital misto.

"O que o brasileiro tem a ver com a neve que está caindo no Texas?", indagou o senador pernambucano. "O presidente demonstra a sua preocupação com uma política de preços que ficou definida que não (é a melhor). Vários países do mundo têm outra politica de preços para evitar essa volatilidade internacional", completou.

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