Arthur Lira já é cobrado por volta do auxílio emergencial

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jamildo

Publicado em 03/02/2021 às 14:45
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Depois que foi eleito para a presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira já vai receber o primeiro pleito da sociedade: a retomada imediata da renda básica emergencial e sua vigência até o fim da pandemia.

A campanha "Auxílio Até o Fim da Pandemia" foi lançada por quase 300 organizações sociais para pressionar os congressistas sobre a importância e a urgência de aprovar o restabelecimento rápido do benefício.

"Em 2020, o auxílio conseguiu garantir não só a comida no prato de milhões de brasileiros, mas também milhões de vidas, permitindo que as pessoas ficassem seguras em casa. A pandemia ainda não acabou, nem a economia se recuperou. Não faz sentido obrigar milhões de pessoas em todo o Brasil a se exporem ao contágio, buscando empregos que não foram criados", alerta Paola Carvalho, do movimento.

A campanha lançou plataforma para abaixo-assinado que será entregue ainda este mês ao novo presidente da Câmara dos Deputados. O objetivo é obter apoio semelhante ao conquistado em 2020 com a campanha Renda Básica que Queremos, que angariou mais de meio milhão de assinaturas.

A campanha pede a retomada dos valores originais do benefício, de R$ 600/mês e R$1200/mês para mães com filhos. Em abril de 2020, quando começou a ser concedido, o auxílio de R$ 600/mês equivalia a 125,44% do valor da cesta básica, sendo, portanto, suficiente para comprar todos os itens e ainda deixar uma sobra para outras despesas fundamentais, tais como aluguel e transporte. De outubro a novembro, com a redução do benefício à metade, esse valor passou a cobrir apenas 56,1% do valor dessa mesma cesta.

Alimentação foi o principal gasto com o auxílio emergencial. Levantamento do DataFolha indica que mais da metade do auxílio emergencial (53%) foi usado na compra de alimentos, seguido pelo pagamento de contas como água e luz (25%), outras despesas domésticas (16%) e compra de remédios (1%). Segundo a pesquisa, entre os beneficiários que têm menor renda, 61% utilizaram o dinheiro do auxílio para a compra de alimentos.

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